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Mau hálito: quais são as causas e como tratar?

A propósito do Dia Mundial da Saúde Oral, que se assinala este domingo, dia 20, o Prof. Dr. João Espírito Santo reflete sobre um problema que afeta um boa parte das pessoas: a halitose ou mau hálito.

  • 20 mar 2022, 00:00

A halitose, ou mau hálito, é um problema clínico para muitas pessoas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta uma grande percentagem da população mundial, provocando um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes, o que pode resultar em consequências psicológicas, incluindo limitações sociais, profissionais e afetivas.

Existem muitas causas clinicas associadas à halitose. A halitose pode ter origem sistémica (extraoral) ou intraoral. Estima-se que cerca de 90% dos casos seja de origem intraoral e que seja associada à deficiência nos hábitos de higiene oral, língua saborosa (popularmente conhecida como língua branca), cáries, restaurações mal adaptadas, próteses mal adaptadas e doenças periodontais. Todas as condições que favorecem a retenção de bactérias anaeróbicas predispõem ao desenvolvimento do mau hálito.

Em relação às causas extraorais ou sistémicas da halitose, doenças, como as hepatopatias, diabetes mellitus, infeções respiratórias, digestivas, carcinomas e alterações metabólicas podem estrar associadas a este transtorno.

Uma vez que a sua principal causa está seriamente relacionada com a cavidade oral, o médico dentista desempenha um papel importante na identificação da possível causa da halitose.

Para que seja realizado um bom diagnóstico, o médico dentista deverá realizar uma correta e detalhada anamnese, assim como exames complementares de diagnóstico. 

O sucesso do tratamento da halitose depende da eliminação do fator causal e de uma higiene oral cuidadosa. Não só relacionada com a escovagem dentária, como, também, pelo uso do fio dentário, limpeza da língua e colutórios orais.

Para além de uma boa higienização oral, a nossa dieta alimentar também é fundamental no combate ao mau hálito. Devemos evitar intervalos superiores a três ou quatro horas entre as refeições, ter uma ingestão apropriada de água (um-dois litros diários) e evitar alimentos, como o alho e a cebola crua, pois são claramente alimentos que promovem o mau hálito, devido ao seu forte aroma. Além disso, o tabagismo, o uso de medicamentos e o consumo excessivo de álcool também são fatores que condicionam o mau hálito.

Quando o mau hálito não está associado à cavidade oral, o médico dentista encaminha o paciente para a especialidade médica adequada.

Contudo, é de salientar que o paciente também possui um papel ativo no tratamento da halitose. Se tem dúvidas, dê o primeiro passo e marque já a sua consulta de rotina com o seu médico dentista.

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