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Constança Braddell é recordada pela irmã: "Os dias passam e a questão permanece"

Vera Salvador Marques lembrou a irmã, Constança Braddell, um mês após a morte da jovem de 24 anos.

Através da página de Instagram, a irmã de Constança Braddell assinalou um mês após a morte que deixou o país de luto, pela jovem que perdeu a batalha contra uma fibrose quística: "Dia 11 de julho, recebi o pior telefonema da minha vida e, logo ali, soube que havia menos um órgão vital no meu corpo, gritei, ajoelhei-me, pois só o chão conseguiria amparar uma queda como esta. Liguei para todos, num desespero e pedido de socorro, mas apenas aos que melhor me conhecem e nos conheciam, a nós, Constança e a esta ligação incomparável que tínhamos e teremos sempre", começou por escrever.

"A dor é imensa, capaz de rasgar cada músculo do meu corpo e não decresce... Os dias passam e a questão permanece: porquê? Porquê tu? Porquê ao daddy e mummy? Porquê aos teus restantes irmãos? Porquê a nós, Constança? Porquê a ti? Acreditei e apostei em tanta coisa em torno de ti e de nós, ao longo destes 24 anos, que hoje quase me estupidifico quando constato que foste embora para sempre. Não há um dia em que não olhe para tudo o que 'respire o teu nome e a tua presença', não há um dia em que não preencha os meus ouvidos com a tua voz, com o que resta dela...", continuou.

"A todos os que, diariamente, estão aqui para mim e para aqueles que, com enorme constrangimento, me dizem que ainda não havia tido coragem de me dizer nada sobre esta perda, quero aqui esclarecer que estou empática com a vossa posição, pois não há nada que me possam dizer, longe de mim cobrar-vos uma tarefa que nem eu mesma estou capaz de executar", acrescentou.

Dirigindo-se à memória da irmã, Vera Salvador Marques disse: "A ti, minha querida bebé não ficou nada por dizer, nestes últimos meses, tive a astúcia ou a infelicidade de te dizer, em tom de reforço, tudo aquilo que sentia por ti e tive o privilégio de ouvir o mesmo da tua parte e isso nada nem ninguém nos tira.
Constança, meu amor, minha luz, meu primeiro e grande propósito de vida, a ti peço que, se um dia andares cá por baixo de alguma forma, me ensines como faço isto daqui para a frente, mas, se preferires ficar aí por cima, também não me zango porque o nosso amor transcende tudo."

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