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Cláudio Ramos sobre estreia na televisão: "Os meus amigos não entendiam por que fazia aquilo"

O apresentador Cláudio Ramos fez uma viagem no tempo, através do Instagram.

No passado sábado, dia 21, celebrou-se o Dia Mundial da Televisão. Por esse motivo, Cláudio Ramos destacou esta efeméride, refletindo, no Instagram, sobre a estreia no pequeno ecrã como figurante, na série "Uma Casa em Fanicos".

"Passaram 22 anos disto. Hoje, assinala-se o Dia Mundial da Televisão. A televisão. Deu-me tantas coisas boas, tirou-me outras tantas, a verdade tem que ser dita. Abdiquei de muito. Valeu-me a pena, porque é ainda a minha paixão, o meu pulsar. Há dias, o [Manuel Luís] Goucha dizia-me: 'Ainda tens, passados estes anos todos, o brilho nos olhos de quem começa'. Verdade! Entrego-me por inteiro e pago um preço alto por isso. Nunca quis outra coisa. Aqui, a minha estreia pela mão do Nicolau Breyner. A contracena com a Margarida Cardeal e a generosa Anita Guerreiro. Sempre achei que o importante era fazer bem. Independentemente do tamanho do papel ou do programa. Continuo a achar o mesmo!", começou por recordar o apresentador, de 47 anos, na legenda do vídeo. 

Cláudio Ramos ainda destacou a resiliência com a qual contou para construir um percurso no pequeno ecrã: "Em 1998, era um carteiro que dizia pouco e, às vezes, nada. Fazia 400 km para gravar isto. Esperava horas. Ganhava quatro contos (20 euros). Os meus amigos não entendiam por que fazia aquilo. Diziam que era absurdo, que gastava muito mais do que ganhava e que nunca ia passar daquilo. Confesso que tive dias em que quase lhes dei razão. Tive outros em que enfrentei as coisas como se fosse um touro. Fui indo. Fui procurando espaço. Fui desbravando. Aprendendo. Fui-me convencendo que desistir não seria opção, porque, na primeira quebra a sério, podia ficar sem sonho. E depois o que fazia eu sem sonhos?".

"Também tive duas ou três pessoas que apoiaram sempre. Mesmo duvidando, apoiaram sempre. E foi importante. Muito importante. Vim sempre que me chamaram. Fui sempre para casa feliz e grato por um dia ter mandado uma carta a dizer que seria um bom carteiro. Valeu-me a pena. Está à vista de todos, para lá de números e valores que, quando se acredita mesmo, quando se está convencido que é o caminho, vale a pena. Obrigado à Vida, por me ter feito perceber que a televisão não é um eletrodoméstico. A televisão, quando bem feita, honrada, apreciada, é o coração de muitas casas. Eu vejo-a assim há muitos anos. Obrigado a vocês, que são os meus espetadores e nunca me falharam neste tempo todo. E este tempo todo já é qualquer coisa, não?", rematou.

Veja, agora, o vídeo das imagens da estreia de Cláudio Ramos, na televisão.

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