A jornalista da RTP mostrou-se feliz com os resultados do programa de informação que conduz, "Sexta às 9": "A cada semana, um desafio. Contar a verdade contra um muro gigante de pessoas que tentam dificultar o nosso trabalho apenas com um intuito: calar o que não querem que se saiba. Tal como o bom vigarista que não tem vergonha do que faz, apenas vergonha de ser descoberto e exposto perante a comunidade! Um dia, um velho e bom amigo disse-me: 'O nosso grande poder é o poder de meter medo aos que têm medo de perder o poder'. A esse velho amigo respondi: 'Esse poder só vale a pena se for exercido com rigor, princípios, coragem e muita verticalidade. Uma verticalidade que nos tem de obrigar a dar a mão à palmatória quando erramos'"
"Nem todos merecem fazer jornalismo. Nem todos o fazem desta forma. Mas esta é a única forma de cumprir a missão de levar a verdade ao cidadão. É o nosso princípio sagrado. Tal como para um médico é o de salvar vidas. Esta semana, fizemos um enorme esforço de equipa contra coações psicológicas às quais soubemos resistir. Como sempre. Poderíamos ter sido vistos apenas por duas ou três pessoas e teria valido a pena na mesma porque o que mede a importância do nosso trabalho é o rigor e a objetividade. Algo que só se atinge ouvindo tudo e todos. Insistindo em consultar documentos. Não acreditando em tudo o que nos dizem, sem antes pesquisar toda a prova documental porque, essa sim, não mente", acrescentou.
"Podíamos ter sido vistos por dois ou três. É um facto. Mas fomos vistos por 760 mil e chegámos potencialmente a um milhão e 100 mil portugueses. Isto significa que, além de importante, o nosso trabalho é muito, mas muito relevante. Acredito numa sociedade mais justa. Dou o meu contributo diário para que tal seja possível. A si, agradeço-lhe por estar desse lado e, acima de tudo, por participar desta dinâmica de verdade que enriquece a democracia", rematou.
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