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Júlio Magalhães recorda Natal passado em África e fala sobre a tradição que tem com o irmão

Nesta quadra natalícia, a SELFIE desafiou Júlio Magalhães a responder ao nosso quiz de Natal.

Júlio Magalhães
Júlio Magalhães

1. Natal é...
Natal é uma época muito decisiva. Eu vivi o Natal em África, a minha infância de Natal foi em África. Fora do país, as comunidades tendem a juntar-se. O Natal em África é com presépios gigantescos, 40 ou 50 pessoas à mesa. Juntávamo-nos todos, ao sol e ao calor. Não havia televisão, nem bola, era para estarmos juntos, a conversar, portanto, continuamos a dar este significado ao Natal, até hoje. Agora, eu e o irmão fazemos competições de Natal todos os anos [risos] - um ano, é em minha casa, e, noutro, é em casa dele - para ver quem faz o melhor Natal. Já o recebi com tochas, a cantar, com a melhor mesa do mundo... De tal maneira que ele chega a minha casa e, mesmo antes de começar, diz: "Tu para o ano, vais ver o que é festa." E supera, sempre. Mas, no ano seguinte, faço sempre melhor do que ele [risos]. E sempre cheios de surpresas, porque o Natal é importante, e com a família toda. Nós aguardamos muito o Natal, porque, nesta vida, quase não conversamos, nem estamos uns com os outros. É uma tradição que temos. 

2. O que é que costuma comer e qual o doce favorito?
Comemos Bacalhau e Polvo, sempre. No dia a seguir, é que costumamos alternar. Já foi peru, já foi cabrito... No dia a seguir, mudamos consoante o gosto de cada um. O doce [favorito] é um pudim da Leira que a minha mãe costumava fazer e um pudim de ovos.

3. Costuma oferecer presentes?
Ofereço tudo, até aos meus vizinhos, mais coisas simbólicas. Gosto imenso de dar presentes e surpreender as pessoas. Mas há uma coisa que me irrita um bocado - os meus filhos estão sempre a dizer: 'Pai, não gastes dinheiro, compras coisas de que eu não gosto, não compres isso, porque depois vou trocar.' Então, já não compro roupas e assim, mas faço questão de os surpreender com alguma coisa.

4.​ Para quem é o presente de Natal mais difícil/especial de escolher?
A minha filha dá muita importância e eu gosto, sempre, de a surpreender bem. Mas, para a minha mulher, claro que também tento sempre surpreendê-la no Natal, mas, depois, também me diz a mesma coisa que eles: "Foste gastar dinheiro..." [risos] 

5. Costuma fazer a árvore de Natal? Sozinho ou com ajuda?
Sim, e fazemos todos juntos. Uns começam, outros acabam. Mas, no dia 1 de dezembro, fazemos a árvore de Natal. E continuamos a fazer a árvore e o Presépio, mas não com a dimensão que fazíamos em África. E, ainda, decoro o meu jardim todo.

6. E este ano é em sua casa?
É em minha casa e o meu irmão vai "levar um banho", como costumo dizer [risos]. Mas estou a preparar muitas surpresas, até fogo de artifício já lá pus. 

7. Como foi 2021?
Foi o ano mais surpreendente que tive. Em janeiro, logo no início do ano, fiquei sem emprego, saí do Porto Canal. Tive três meses maravilhosos, em que não fiz, rigorosamente, nada. A minha vida era casa. Tive tantos anos a fazer televisão, no stress da televisão, a ser diretor, a dirigir pessoas, enfim, perdi anos de vida com isso, que, depois, em janeiro, fiquei ali ligeiramente preocupado, a pensar "e, agora, o que é que eu vou fazer?". Até que recebi um convite magnífico da rádio Observador e comecei a fazer os programas da manhã, das 7 às 10 horas, como faço até hoje, com um gosto tremendo, porque adoro aquilo. Em junho, recebi o convite da CNN e, agora, acumulo. Portanto, um ano mais cheio, atípico e surpreendente não podia ter sido.

8. O que espera de 2022?
Tenho tido muita sorte na vida, portanto, se continuar assim, está bem assim.

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