Diogo Reffóios Cunha é um dos oradores convidados para o GreenFest, o maior movimento de sustentabilidade do país, que, em 2020, adota "um formato inovador que casa o habitual festival presencial com uma programação digital", conforme se pode ler no site da organização.
O ex-concorrente do "Big Brother", assumido nómada digital, vai participar em duas palestras diferentes, sendo a primeira em formato pitch (8 minutos), já esta sexta-feira, dia 25, com o tema "Tendências em Sustentabilidade". À SELFIE, Diogo Reffóios Cunha contou que o objetivo é falar sobre as vantagens do trabalho remoto, nomeadamente através do projeto Nómada Digital, "o coletivo online de nómadas digitais portugueses, todos freelancers, em que partilhamos, muitas vezes, clientes, projetos e negócios, assim como partilhamos as mesmas dores."
Já no dia 26, Diogo Reffóios Cunha vai estar com Gonçalo Hall a conversar sobre o "Futuro do Trabalho". A crise provocada pela pandemia global Covid-19 tem tido inúmeras repercussões, a nível económico, social e ambiental, com enormes desafios ao nível do trabalho, e o ex-concorrente do "Big Brother" espera conseguir "inspirar os outros e, também, muitas empresas a trabalharem remotamente e a educarem os seus managers e os seus colaboradores a realizar este tipo de trabalho. Trabalhar remotamente não é ter um computador em casa e começar a teclar".
Entre as vantagens do teletrabalho, Diogo Reffóios Cunha aponta o potencial ao nível da criatividade, "diferente de quando estamos a trabalhar, em horário contínuo, dentro de uma empresa. [...] Tenho muito mais destreza mental para encontrar soluções, porque estou feliz, na minha vida, a andar de um lado para o outro".
Para o redator publicitário é importante viver a máxima: "Todos os dias contam e não viver só ao fim de semana."
Diogo Reffóios Cunha entende que, com a pandemia e o recurso ao teletrabalho, se desmistificaram algumas ideias acerca desta forma de trabalhar. Contudo, acredita que "a maioria das pessoas não sabe trabalhar remotamente. Teve de o fazer. [...] Os nómadas digitais, como eu, já sabem como se faz isto, como ser produtivo e conciliar a vida pessoal com o trabalho, independentemente das horas e do local em que nos encontramos".
"No fundo, a pandemia veio amplificar o teletrabalho e haverá, certamente, muitas pessoas que, agora, preferem trabalhar remotamente", frisa o redator publicitário, destacando que há, no entanto, empresas ou chefias que, ainda, preferem ter os colaboradores em trabalho presencial, "de forma a controlar os horários". Em seu entender, é essencial "encontrar um equilíbrio e perceber quais as áreas em que é possível, de forma produtiva, aplicar o teletrabalho. [...] A educação é importante para que se adote este tipo de trabalho e não ser castrador em relação aos trabalhadores que o pretendem fazer".
Sobre a passagem pelo "Big Brother", Diogo Reffóios Cunha diz que o programa lhe trouxe outra visibilidade e influência que lhe permite, agora, fazer outras coisas. "Aquilo é a tua personalidade com esteróides", afirma o ex-concorrente, explicando: "Desde que saí, tenho a minha vida tal e qual como no passado, [...] mas, agora, com melhores condições. Antes, eu trabalhava num hostel, quatro horas por dia, a fazer as camas e a arrumar e, em troca, eles davam-me dormida. Agora, consigo o mesmo, mas organizo podcasts no hostel e trato do marketing. Dá-me tempo para fazer outras coisas, como correr ou passear, e dedicar-me a outros projetos."
No final, Diogo Cunha frisa: "O 'Big Brother' não veio mudar nada aquilo que eu já era. Amplificou o que eu já era, apenas."
Recorde-se que o GreenFest tem o apoio da Media Capital e ainda pode inscrever-se para assistir à palestras ou consultar o programa completo, aqui.