Foi na página de Instagram que António Raminhos escreveu algumas palavras sobre ideias pré-concebidas: "Fico triste, quando parece que alguém não gosta de mim. Não tem a ver com ego, nem sou eu a pensar: 'Sou tão adorável, como é possível?' Fico triste, sobretudo, porque sinto que essa pessoa não me conhece, que não interpretou bem as minhas intenções, que me julga, que cria sobre mim uma imagem baseada em estereótipos, dogmas, falácias e experiências dela", começou por escrever.
"Fico triste, porque não compreende que, de algum modo, aquela imagem é a sua verdade e que nós somos feitos de várias dimensões. Que podemos ser tudo o que há de bom, sem sermos militantes do que quer que seja. E todos nós temos essa tendência de, quando alguém nos magoa ou diz algo com o qual não concordamos, reduzi-lo a essa insignificância no tempo. Como um dente-de-leão completo que, por uma rajada de vento... puff... não é nada. Eu não quero que gostem de mim... mas também não quero que não gostem de mim. E que me rotulem. É por isso que tento, cada vez menos, julgar as pessoas ou colocá-las em caixinhas, redomas", continuou.
"Quando há alguém de quem não gosto, por alguma razão ou situação, procuro não ir além daquele momento e, muitas das vezes, coloco-me esta questão: 'Por que é que isto me irritou? Será que é assim tão importante? Outra pessoa teria esta reação?' Porque aquilo que penso sobre o outro diz muito mais sobre mim do que sobre ele", concluiu o comediante.