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Pedro Fernandes: "Não temos muitos motivos para rir. O milagre português transformou-se no pesadelo"

Foi nas redes sociais que Pedro Fernandes fez uma breve reflexão sobre os tempos difíceis que o país atravessa, lamentando que tantos sejam aqueles que não cumprem as medidas de confinamento.

A propósito do Dia Internacional do Riso, celebrado na passada segunda-feira, dia 18, Pedro Fernandes recorreu à página de Instagram para mostrar os poucos motivos que temos para rir, já que vivemos tempos difíceis e poucos são os que cumprem o que é pedido para combater a propagação da Covid-19: "Hoje, é o Dia Internacional do Riso. Hoje, não temos muitos motivos para rir. O milagre português transformou-se, afinal, no pesadelo português."

"Foi quase há um ano que a pandemia chegou a Portugal e eu nunca menosprezei este vírus. Não fui a encontros familiares, não fui a eventos, almoços e jantares, passei a encomendar tudo online, a pedir comida para casa, a treinar online, a fazer rádio em casa, o meu filho festejou o aniversário só connosco e os avós vinham visitar-nos à distância e no exterior. Alguns diziam que estava a exagerar. Mas era a minha forma de lidar com o desconhecido. Era a nossa forma cá em casa de nos protegermos, de protegermos os nossos filhos e aqueles de quem mais gostamos e de, assim protegermos, os outros", relatou, mostrando a importância dos cuidados a ter para diminuir o risco de contágio.

"Com o abrandamento dos números, voltámos à rádio, mas em estúdios separados e separados por acrílicos (como ainda estamos hoje), fui almoçar fora meia dúzia de vezes e em esplanadas, quando o bom tempo ainda permitia, voltei a treinar na box, mas para treinos fora de horas de ponta e em que as distâncias eram amplamente respeitadas, fui duas vezes ao shopping e nunca para passear e, na loucura, fomos almoçar duas ou três vezes aos meus pais e sogros, ficámos sentados em pontas opostas da mesa e só tirávamos a máscara para comer", lembrou.

"Porquê? Porque tinha de ser assim. Porque isso era o que a nossa consciência ditava. Era o mínimo que podíamos fazer por todos os que sofriam na pele as consequências da pandemia. Nós, os sortudos, que continuávamos a ter trabalho e saúde, enquanto outros perdiam tudo. Enquanto isso, outros faziam as suas vidas normalmente, como se nada se passasse. Sem respeito nenhum pelos mortos nem pelos profissionais de saúde que trabalham sem descanso e muitos sem poderem sequer ver os seus familiares. Sem respeito por ninguém que fez sacrifícios. Hoje, é o Dia Internacional do Riso, mas, a continuar assim, fica cada vez mais difícil rir", concluiu.

Note-se que, desde que foi decretado o confinamento obrigatório, muitos são os portugueses que não têm cumprido as medidas, mesmo sabendo que estamos a bater recordes de número de infetados e de óbitos. Além de Pedro Fernandes, várias figuras públicas têm-se insurgido sobre a situação, como Nuno Markl, Rita Ferro RodriguesAna Garcia MartinsJoana Teles, Jorge Gabriel, entre outras.

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