A apresentadora recorreu à página de Instagram, para partilhar algumas memórias do companheiro dos últimos 16 anos: "Foi-me dado pelos meus pais com três meses, quando vim no verão a Portugal, depois de acabar o conservatório nos Estados Unidos.. A ideia era eu ter companhia, quando voltasse para o país, onde iria trabalhar poucos meses depois. Aos cinco meses, estava num avião comigo a ir para Los Angeles, foi o sucesso do meu bairro e fazia furor nos aeroportos. Uma vez, no aeroporto de Atlanta, fugiu por baixo da porta de uma casa de banho e, quando saí, estava ao colo de uma menina de quatro anos que insistia com a mãe: 'Mãe, é um coelho!' Tirá-lo, dali, foi um sarilho."
Em seguida, Maria Botelho Moniz relatou um episódio animado: "Lembro-me de que, na altura, o quadradinho dos papéis da emigração, que tinha de assinalar para entrar com ele nos Estados Unidos, era o mesmo que enumerava a entrada, no país, com plantas e comida. Fiz a cruz e esperei na interminável fila do aeroporto de Newark. O senhor da fronteira foi muito simpático, demorou o seu tempo, carimbou tudo e mandou-me seguir. Com a pureza e nervosismo dos meus 20 anos (e para não ser acusada de ocultar alguma coisa), perguntei se não precisava de ver o passaporte do cão. 'Que cão?' - perguntou. 'Aquele com que estou a viajar” - respondi. Pediu para ver o cão e desatou a rir. Disse que era tão pequeno que nem o viu e que achou que a minha cruz era para declarar a entrada de uma sandes, ou de qualquer coisa assim. Mandou-me tirá-lo da mini transportadora que tinha a tiracolo e chamou metade dos seguranças para contar o episódio. Não quis ver os papéis dele, nem o passaporte que eu tão orgulhosamente tinha para o identificador. E o Sushi, ali, radiante, a patinhar a bancada de um dos aeroportos com a segurança mais intimidante do mundo, rodeado de homens enormes, fardados, que pareciam crianças com um brinquedo novo.
"De regresso a Lisboa, assistiu a todas as minhas conquistas, saiu comigo de casa dos meus pais, fez (que nem pessoa) o luto daquele que foi um bocadinho o seu dono, ganhou uma irmã adotiva, quando a Hope entrou na nossa vida, chorou, ao meu lado, a morte do meu pai e viu todos (à exceção de dois) os meus sobrinhos nascer", contou.
"Ontem, tive de tomar uma decisão, dar-lhe aquilo que sempre me deu: amor. E deixá-lo ir, confortável, esquecendo o meu lado egoísta de o querer ao meu lado para sempre. Até já, Sushi, manda beijinhos ao avô", concluiu, recebendo muitas mensagens de apoio, por parte de amigos e fãs.
Veja, na galeria de imagens, fotografias do cão Sushi.