Entrevistas

Manuel Melo regressa às novelas dez anos depois: "Estou nervoso!"

Após dez anos sem fazer novela, Manuel Melo regressa em "Festa é Festa" e conta à SELFIE que a personagem a que vai dar vida é muito parecida com o ator.

O que nos pode contar acerca da sua personagem na novela "Festa é Festa"?
 É um autêntico cromo, mas tenho que dizer, em jeito de desejo, que é o maior da aldeia! Não só é o maior cromo, ele é mesmo o maior em tudo! É o melhor cantor, é o rapaz que consegue seduzir mais miúdas e toda a gente que o conhece deixa-o achar que ele é. Portanto, tem muito de mim! [risos] Eu empresto muito a esta personagem e ela empresta-me a mim. 

Como se preparou para esta personagem?
Embora esteja no início, temos tido um trabalho de ensaios muito bem acompanhado. Uma forma de trabalhar que, para mim, é nova e que me ajudou imenso. Normalmente, os núcleos estão todos juntos e trabalham os textos com o diretor de atores, com os realizadores a verem e isso ajudou imenso toda a gente a encontrar e a ajudar a encontrar um caminho para a personagem. A personagem ainda está no início, mas toda a gente já tem umas boas bases para começar a mostrar as suas personagens. 

Como está a ser trabalhar com este elenco?
Adoro toda a gente! Já tinha trabalhado com a Sílvia Rizzo, o José Carlos Pereira e a Ana Brito e Cunha. De resto, estou a trabalhar com pessoas que admiro muito. Vou ter muita interação com o Manuel Marques, que é um monstro da representação. Vou trabalhar muito com a Inês Herédia, ela, como atriz, é uma maravilha nesta aldeia, a personagem dela está muito bem representada e tenho o privilégio de estar com ela muitas vezes. Não me vou cruzar muito com a Sílvia Rizzo, algo que eu queria muito, mas como é sempre o mesmo núcleo, mais dia menos dia, a coisa pode acontecer. É, sem duvida, um elenco de luxo e, para mim, que não fazia novelas há dez anos é quase voltar… Estou nervoso! Estou cheio de ansiedade. Há duas semanas que luto contra a ansiedade e há dois dias que ando com a ansiedade já 'a bater ferros', porque é uma grande oportunidade para mim, é um grande gesto de amor para comigo e, portanto, quero agarrá-lo e quero que tudo corra bem. Às vezes, causo mais ansiedade a mim próprio do que propriamente aquilo que é, porque esta aldeia é bem disposta, o que ajuda. 

E como viveu estes períodos de confinamento? 
O primeiro, para mim, foi muito mais difícil. Havia muito mais o fator medo e foi muito mais complicado gerir isso. Ir ao supermercado era um pesadelo, era muito stressante. Chegar a casa, despir a roupa, ir diretamente tomar banho… Toda aquela coisa com um bebé que queria vir ter com o pai, foi muito complicado! Neste segundo, já todos temos uma máscara suplente, já todos sabemos onde está o gel desinfetante… Já estamos todos habituados e as coisas custaram menos. Eu moro em Peniche e, na zona onde moro, há zonas que são mesmo remotas e têm pouca gente, então dá para passear, para levar o meu filho à rua… De resto, o café, o pequeno-almoço fora - que gostamos muito de fazer -, e, depois, dar um passeio à beira do mar - que faz parte da nossa rotina -, não temos feito por causa disto, mas espero que, agora, em abril, já se consiga. 

Voltando à novela "Festa É Festa", por que motivo as pessoas não podem perder esta novela?
Acho que o público, sinceramente, vai encontrar aqui uma segunda casa. Pode soar a presunção, mas digo do fundo do coração, está muito bem escrita. Está muito ligeira e o trabalho que tem sido feito, com o humor que a novela tem, é um humor pela verdade, ou seja, ninguém está aqui para fazer rir. O que faz rir são as situações da vida e a loucura das pessoas. Isso é tão bonito, que vai fazar com que o espetador faça a viagem por ele próprio, ninguém lhe vai entregar a viagem. E, depois, é tão ligeira, que acho que vai ser um porto de abrigo para as pessoas se rirem connosco, respirarem fundo, sentirem alívio e quererem estar lá no dia a seguir. Acho que vai ser uma alegre surpresa! Acho que é nestas alturas, em que a sociedade passa por estas coisas, que o humor ganha uma predominância importante e é importante valorizar isso. Portanto, acho que veio no timing certo, com o elenco certo e a história está impecavelmente bem escrita.

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