Durante o programa, a dupla de apresentadores deixou evidente que mantém a união e a cumplicidade que os uniu ao longo de catorze anos, com Cristina Ferreira a tecer rasgados elogios a Manuel Luís Goucha.
"És das pessoas que melhor compreende a minha ida. Sabes como gosto de fazer televisão. Senti que, aqui, não estavam a valorizar isso e estava a ser mais uma. Houve um convite e já fui para a primeira conversa a saber que ia embora. Já tinha sido diretora desta casa e nunca pude pôr em prática. Por ser mulher, sempre fui colocada no meu lugar. O programa que fiz na SIC já o tinha apresentado aqui e ficou numa gaveta, alo que eu entendo", explicou Cristina Ferreira.
Sobre o regresso à "casa que a viu crescer", a Diretora de Ficção e Entretenimento da TVI referiu que houve um sentimento de "culpa" pelo fracasso da TVI. "Vi a TVI a cair e sentia que tinha de voltar para ajudar a pôr tudo no lugar, porque eu ajudei a destruir."
Cristina Ferreira contou, ainda, que houve decisões que teve de tomar e que lhe custaram bastante, mas que será, sempre, verdadeira com quem não tiver lugar no projeto que desenhou para a TVI. "Não vou dar migalhas a alguém", frisou, salientando que houve, também, saídas que não foram responsabilidade sua, que já estavam planeadas, apesar de terem sido noticiadas como tal.
Depois, deu o exemplo de Carlos Ribeiro, que foi contratado para fazer o programa de verão do "Somos Portugal" e a quem teve de dizer que já não ia contar com ele, por não se enquadrar no projeto.
Cristina Ferreira terminou a conversa frisando: "Não há espaço para todos. [...] Isso vai ser o mais difícil."
"Só em janeiro é que a TVI será aquilo que eu quero ela seja", avançou, ainda, a Diretora de Ficção e Entretenimento da TVI.