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Daniel Oliveira está de luto: "Protegeu-me como se fosse seu filho"

Foi através das redes sociais que Daniel Oliveira partilhou com os seguidores que morreu uma das pessoas mais importantes da vida do apresentador.

  • 25 jan 2021, 22:27

Daniel Oliveira publicou um extenso texto, nas redes sociais, recordando o "tio Funa", que foi uma das pessoas mais importantes da vida do apresentador e Diretor de Programas da SIC.

"A primeira vez que fui à SIC, foi ele que me levou. Dele, tive sempre amor, bom senso, leveza e alegria. Foi meu tio com um grau de afinidade tão alto que a Covid não conseguirá levar-nos isso. Fomentou que o filho dele e eu fôssemos como irmãos, que somos. Era um melómano e gravava k7’s com The Clash, Guns, Gene Loves Jezebel, entre tantos outros, para eu ouvir. Tinha uma cicatriz no braço, por ter pulado uma vedação, em miúdo, ainda na Guiné, episódio que contava como se fosse uma aventura de super herói. Ensinou-me a jogar Prince of Persia, no único computador que, à data, existia na família. Adorava futebol e o Estrela da Amadora, onde jogou. Vimos, juntos, na TV, em 1994, um jogo épico, Werder Bremen - Anderlecht (alemães transformaram um 0-3 em 5-3). Vibrávamos, juntos, nas bancadas, quando o Diogo começou a evidenciar talento. Preferia ser ele a tirar as fotografias felizes da família. 'Então, mas assim não estás na foto!'; 'Não estou, mas sou eu que vos vejo, assim'. Adorava a Volta a Portugal em bicicleta e pedia-me para que, um dia, o levasse comigo. Numa noite em que eu, com dez anos, precisava de ajuda, foi à minha procura, encontrou-me e protegeu-me como se fosse seu filho. Um acidente, há quase 18 anos, mudou-lhe a vida. E a nossa, que passámos a encará-la de outra forma. Mas não mudou o que nele admiraremos sempre: a dignidade e o estoicismo. Guardarei o seu olhar de quando lhe mostrei fotos do filho como profissional de futebol", recordou o diretor de programas da SIC, referindo-se a Diogo Salomão, antigo jogador do Sporting Clube de Portugal.

Grato por tudo o que viveu com o "tio Funa", como carinhosamente era tratado, Daniel Oliveira acrescentou, ainda: "Foi o pai perfeito de uma das pessoas que mais amo, o Diogo, que é a sua grande obra e que, hoje mesmo, honrou a sua memória, jogando 75 minutos a titular, já sabendo que o fazia em nome do pai. Obrigado, tio Funa!"

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