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Cláudio Ramos revela que praticou ballet: "Durante muito tempo fiz tudo às escondidas"

Após ter recebido, no programa "Dois às 10", um menino que sonha ser bailarino, Cláudio Ramos revelou que, na infância, também ele teve esse desejo.

"Quando era criança, achava que queria ser bailarino. Quando tinha os meus dez anos, uma associação local abriu uma atividade em que eram dadas aulas de ballet, inscrevi-me na secretaria da escola. Lembro-me de ficar feliz só de receber em casa a carta que me permitia a frequência das aulas. Lembro-me de andar à procura de roupa, em casa, para vestir. Pediam muitas coisas que eu não tinha, nem podia comprar. As aulas eram dadas aos fins de semana, no salão de ginástica na escola primária. Era o único menino no meio de aulas de dança. Primeiro ballet e, depois, outras que se davam por lá", começou por escrever Cláudio Ramos, numa publicação que fez, no Instagram, após a emissão do programa "Dois às 10", na passada quarta-feira, dia 13, na qual recebeu Duarte, um menino que tem o sonho de ser bailarino.

"Desisti. Durante muito tempo, fiz tudo às escondidas. Depois, os meus pais souberam. Não me lembro de me proibirem, mas sei que, mantendo o rigor de tudo o que tinha para fazer na altura, continuei as minhas aulas, até desistir. Desisti, porque não era o meu sonho. Queria apenas voar. Desisti. Sabia que não queria jogar à bola", continuou o apresentador da TVI, antes de revelar: "Hoje, lembrei-me muito do que sentia cada vez que ia para as aulas. Algumas vezes, não foram coisas boas..."

"Gostava tanto que o facto de se falar destas coisas em televisão fizesse com que o mundo deixasse de criar títulos a crianças que querem apenas ser felizes. A dançar em pontas ou a dar pontapés numa bola. Felizes, apenas", advogou Cláudio Ramos, antes de rematar: "Este é o Duarte que nos visitou, hoje, e, corajosamente (com a Beatriz, que sonhava ser futebolista e desistiu), nos falou do seu sonho. Ele tem o sonho de ser bailarino e continuou a sonhar, mesmo depois de os amigos acharem que não devia. Deixemo-lo voar. A ele e todos os que sonham. Não sejamos idiotas!".

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