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Cláudio Ramos confessa: "Estou envolvido num bolo emocional gigante que não é fácil de gerir"

No blogue "Eu, Cláudio", o apresentador Cláudio Ramos deixou uma reflexão, após um período de ausência.

Foi no começo deste ano que Cláudio Ramos optou por se ausentar - para um período de férias - tanto da televisão, como das redes sociais.

Entretanto, já de regresso, o apresentador, de 48 anos, fez uma reflexão, no blogue "Eu, Cláudio", sobre a importância da ausência.

"A ausência é necessária, acima de tudo, para se perceber, com a justa distância, o que se tem feito e se pode ainda fazer. E vocês? Todos os que estão a ler estas linhas já pensaram na necessária urgência de parar? Não parar, porque é obrigatório no calendário, mas porque o corpo pede! Nunca fui uma pessoa de tirar muitas férias, porque trabalhei, sempre, por minha conta e, quando não trabalhava, também não recebia, o que, na logística do dia a dia, significava gastar em férias e não ter receitas. Quem trabalha a recibos ou é seu próprio empregado sabe o que quero dizer", começou por refletir.

Cláudio Ramos sublinhou, também, que, nesta fase da vida do comunicador, parar é sinónimo de uma total ausência: "Ficou-me sempre no sangue a justa ligação entre os dias de descanso e o trabalho a ser feita com a responsabilidade de que vai para lá do que me manda a Lei. Acontece, ainda hoje, e vai acontecer, sempre. Isso é o mais importante! O que importa é que parar é fundamental e não é preciso apanhar um avião para o outro lado do mundo e postar uma fotografia na Internet para ter a aprovação de toda a gente. Parar, nesta fase da minha vida, significa a total ausência. Ficar apenas comigo com os meus pensamentos, com a minha música, os meus escritos, os meus livros, os meus passeios... ficar. Apenas ficar sem relógio, sem telefone, sem agenda, sem mais nada."

"Há quase dois anos que estou envolvido num bolo emocional gigante que não é fácil de gerir. É uma fatura que se paga. Passar por três reality shows, pelas manhãs, por uma mudança pessoal, por mudanças profissionais... E acumular tudo, empurrando com a 'barriga' a ressaca de cada uma delas é muito bonito, mas, um dia, sente-se. Não sou de ferro, não sou uma máquina. Sou uma pessoa, senti, por isso, a urgência de parar, sob pena de não dar a quem merece o meu melhor. Nesta profissão, ou em outra qualquer, é assim que tem de ser. Parar, sem medo, apenas com o objetivo de limpar. Limpar e arrumar", assegurou.

No final desta reflexão, Cláudio Ramos deixou um conselho a todos os leitores: "Tentem fazer o mesmo. Aposto que, quando voltarem, têm o precioso da vossa intimidade. Isso também faz parte, porque há uma altura onde tudo passa tão de repente e a correr que parece que não temos nada só nosso. Parece que tudo tem de ser partilhado, senão não existe, senão não se fez, senão não valeu a pena. Não vão por esse caminho. Não o escolham. Não é o melhor! Feito este reset, há um caderno cheio de folhas para preencher. Com mais força, com mais vontade e, seguramente, com mais verdade. Seguramente!"

Veja, agora, algumas das melhores imagens de Cláudio Ramos, nas galerias de fotografias que preparámos para si.

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