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Emanuel Monteiro sobre reportagem "Amor sem fim": "A TVI ajudou a fazer história"

A TVI emite na quarta-feira, dia 28, a reportagem "Amor sem fim: um ano depois", que relata a história de Ângela Ferreira, a mulher que quer engravidar do marido que morreu vítima de cancro em março de 2019 e que viu a proposta para alterar a lei da procriação medicamente assistida, aprovada, por maioria.

A TVI deu a conhecer aos portugueses a história de Ângela Ferreira, a mulher que quer engravidar do marido que morreu vítima de cancro em março de 2019. O jornalista Emanuel Monteiro, autor da reportagem não tem dúvidas: "Com a emissão da minissérie documental, a TVI ajudou a fazer história."

Ângela Ferreira levou à Assembleia da República uma proposta para alterar a lei da procriação medicamente assistida, aprovada, por maioria, na última sexta-feira, dia 23 de outubro.

Agora, o jornalista da TVI mostra, em exclusivo, a vida desta mulher nas últimas semanas, numa reportagem intitulada "Amor sem fim: um ano depois", que vai ser emitida na quarta-feira, dia 28, no Jornal das 8.

"Esta aprovação da nova lei é história. É a história que a Ângela Ferreira está a fazer, é história que a TVI ajudou a fazer e é história que o jornalismo em Portugal ajudou a fazer e, isso, acho que nos deixa a todos muito felizes e muito orgulhosos. Efetivamente, o que denunciámos foi uma incoerência na lei, uma vez que as mulheres podem fazer inseminações independentes, ou seja, podem ser inseminadas com gâmetas de dadores anónimos que poderão, eventualmente, estar mortos, mas não podem fazê-lo com gâmetas de um marido falecido, que tenha deixado essa vontade por escrito, tal como deixou o Hugo", explica Emanuel Monteiro, em entrevista exclusiva à SELFIE.

"Ainda assim, esta aprovação não é a solução absoluta, nem a concretização absoluta do desejo da Ângela", frisa o jornalista, esclarecendo que, "agora, estas propostas de lei vão ter de baixar à Comissão de Saúde, depois têm de voltar a ser debatidas e votadas para a votação final global em plenário. Ou seja, o que se está a fazer, agora, é acertar em que trâmites e em que termos concretos é que vai ficar a lei e, depois, tem de ser votada, novamente".

"Depois, tem de ser promulgada pelo Presidente da República, portanto, ainda não há aqui uma garantia de que tudo vá correr pelo melhor, apesar de a expectativa ser alta e por ter sido dado este primeiro passo, que é o mais importante", ressalva Emanuel Monteiro, que diz que Ângela Ferreira "está muito feliz, muito radiante e acredita que, efetivamente, o dia 23 (o dia em que foi aprovada no Parlamento na generalidade) foi um dos dias mais felizes da vida dela, porque o sonho de ter o Guilherme está cada vez mais próximo de se tornar realidade". 

O jornalista não tem dúvidas acerca do impacto da reportagem, emitida em fevereiro. "Percebemos logo, pelo feedback do público, que o impacto estava a ser gigante, pelas audiências que conseguimos. Pelas visualizações que a reportagem teve nas nossas plataformas digitais percebemos que estava a ter impacto, que os portugueses estavam a aderir e, depois, pelas reações nas redes sociais, percebemos que as pessoas estavam a ficar emocionadas com a história da Ângela como se aquela fosse uma dor delas próprias e, no fundo, ninguém ficou indiferente, porque esta é uma história belíssima, uma história de amor como parece já só existir nos filmes, uma história de entrega, uma história de dedicação. No fundo, esta concretização deste desejo de ter um filho para a Ângela era a coisa mais natural, o desfecho mais natural para aquela história de amor que, até agora, estava a ser barrado pela lei", conta Emanuel Monteiro, antes de salientar: "O papel do jornalismo também é este. No fundo, é contribuir, através da denúncia, obviamente, para que as coisas melhorem e sigam um caminho mais justo para uma sociedade mais justa e igualitária."

Sobre a nova reportagem, que será emitida no "Jornal das 8", de quarta-feira, dia 28, o jornalista afirma: "Vai ser mais um carrossel de emoções. Acreditamos que vai voltar a apaixonar as pessoas porque, no fundo, vamos voltar a visitar esta história de amor, vamos perceber como é que a Ângela está, agora que a ferida da morte do Hugo já sarou mais um bocadinho. Quando a entrevistámos pela primeira vez tinha passado menos de um ano, agora, já passaram praticamente dois [Hugo tinha 29 anos e morreu vítima de cancro]."

No final, o jornalista reitera: "É uma reportagem que não é o fim da história, porque ainda faltam muitos passos. A Ângela, se tudo correr bem, ainda vai engravidar, ainda vai ter o Guilherme ou quiçá o Guilherme e um irmão, porque podem sair gémeos neste tipo de processos de inseminação artificial. Obviamente, estaremos cá para acompanhar todo este processo e para continuar a pôr os portugueses a par da história da Ângela, uma mulher guerreira, uma mulher impressionante que tocou muitas pessoas."

"Amor sem fim: um ano depois" é um trabalho da autoria do jornalista Emanuel Monteiro, com imagem de André Lico, edição de Miguel Freitas e coordenação de Alexandra Borges.

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