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Das lágrimas da mãe ao "encontro feliz": a primeira entrevista a Cláudio de Castro em "Morangos com Açúcar"

Já tinha entrado numa novela da TVI e, agora, faz parte de "Morangos com Açúcar". Filho de uma minhota e de um carioca, Cláudio de Castro dá a primeira entrevista à SELFIE.

Qual foi o caminho até chegar a "Morangos com Açúcar"?
Esta é também uma experiência um bocadinho pioneira para mim. Tenho um caminho muito pautado pelo teatro. Tive formação em teatro, tanto no secundário como, depois, na faculdade. Estive no Teatro Nacional e no Teatro A Barraca durante muitos anos. E esta é a primeira vez que vou poder trabalhar esta ferramenta de ator neste formato.

Mas tinha essa ambição?
Tinha essa ambição, sim. Como ator, tenho a ambição de fazer muita coisa, porque também danço e canto. Portanto, gosto de englobar muitas coisas e sem dúvida que a televisão e, principalmente, o formato de série estavam nos meus planos.

Quantos anos tem?
Neste momento, tenho 23.

Acompanhou "Morangos com Açúcar"?
Acompanhei os "Morangos", sim.

Com o sonho de um dia fazer também parte da série?
Acho que sim, principalmente porque foi a primeira vez que vi, em Portugal, incorporarem tanta música e tanta dança numa série. Foi uma coisa que me cativou muito. Eu sou um bocadinho um "MTV kid". Cresci com todos os vídeos, as danças, o hip hop e o R&B... Aquilo cativou-me muito na altura. Esta é uma série transversal a qualquer geração portuguesa e, para mim, é muito importante fazer parte dela. Agora, com novas silhuetas, novos corpos, uma juventude muito mais ativa a nível do pensamento...

Também é importante a série acompanhar isso.
Sem dúvida alguma. E acho que também recai sobre nós uma responsabilidade de dar lugar a essas diferentes silhuetas e corpos e miúdos e miúdas e de dar voz a muitas das causas que agora estão em voga, em que muitos da nossa geração pensam e pelas quais estão a lutar.

É de Lisboa?
Sou. Tenho família do Norte e o meu pai é brasileiro, do Rio de Janeiro.

É uma boa mistura...
É uma boa mistura, sim. A minha mãe é minhota e o meu pai é carioca.

Como é que família e amigos reagiram quando disse: "Vou entrar em 'Morangos com Açúcar'"?
Mantive isto um bocadinho em segredo, até dos meus núcleos mais próximos.

Mas contou à família ou não?
À família e a alguns melhores amigos já tinha contado. Foi um entusiasmo muito grande. Acho que, sempre que se fala de "Morangos com Açúcar", se iluminam um bocadinho os olhos de qualquer pessoa desta faixa de etária, porque qualquer pessoa apanhou nem que fosse um episódio ou uma temporada que os tenha marcado de alguma forma. Portanto, também há essa expectativa dos amigos para ver o que vou fazer desta vez.

Onde estava quando recebeu o "sim"?
Foi um dia super complicado, porque tinha ido fazer uma audição para uma peça de teatro e o "sim" ou o "não" estava para chegar à mesma hora em que eu estava a entrar para a audição. Eu estava em contacto com a minha agência, a tentar perceber o que ia acontecer. Só soube depois da audição - e ainda bem -, mas foi muito satisfatório. Foi mesmo um alívio de muito tempo à espera, sem dúvida.

Quem foi a primeira pessoa a quem contou?
A minha mãe.

O que disse ela?
A minha mãe começou a chorar ao telemóvel. Eu ainda estava um bocadinho apático, ainda estava um bocadinho a receber informação, e ela já estava a fazer imensos planos. Estava mesmo muito emocionada.

Está preparado para o impacto que "Morangos com Açúcar" pode ter em si? Prepara-se para isso ou não?
Eu gosto muito de comunicar com as pessoas e tenho uma capacidade empática de que gosto, portanto, isso não me assusta muito. Quanto mais mundo e mais gente puder conhecer, melhor para mim. Estamos expectantes mas também não sabemos qual é o impacto que vai ter. Pode ser uma série muito boa e que as pessoas vejam ou pode ser uma série muito boa em que, de repente, uma pessoa não consegue ir a um supermercado comprar pão. Vamos ver... Eu acho que há uma grande preocupação em fazer um bom objeto artístico, independentemente do impacto que isso possa ter posteriormente, e isso deixa-nos muito confiantes.

Como correu o período de ensaios?
Os ensaios foram incríveis! Como realizador, temos o Francisco Antunez, que esteve sempre com uma ideia muito clara do que queria fazer, com as técnicas inovadoras que queria trazer. Isso entusiasmou-nos muito. O Marco Medeiros, que é um diretor de atores genial, tem uma sensibilidade do outro mundo e consegue espoletar em cada um de nós a personagem e o que queria exatamente naquele momento.

Chegar à personagem foi fácil?
Eu tive um encontro feliz com esta personagem. Eu sei que isto pode ser um bocadinho clichê, mas já havia em mim uma semente de muitos ideais e de muitas coisas de que ele gosta. São universos muito parecidos aos meus e sinto que, agora, vou poder usar esses universos que já tenho e potencializá-los para a personagem.

Já tinha feito alguma coisa em televisão?
Tinha feito pequenas participações. Também já tinha feito a novela "Prisioneira" e fiz agora uma série do Francisco Manso, "Abandonados". Tive algumas experiências mas, integrando o elenco fixo e com esta carga de trabalho e esta dimensão, é o primeiro.

E era algo que ambicionava...
Muito, muito! Até para ver como me comporto como ator nesta circunstância.

Veja, agora, nas galerias que preparámos para si, as melhores imagens dos novos "moranguitos".

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