Numa entrevista intimista, Martim Sousa Tavares, de 30 anos, contou que tirou a carta de condução de mota há já algum tempo e que a paixão por estes veículos de duas rodas já lhe valeu um acidente "muitíssimo aparatoso".
"Uma senhora que ia a conduzir num carro, num cruzamento, ia a escrever uma mensagem. Portanto, não me viu a passar à frente dela. Tinha prioridade e, numa fração de segundos, apercebi-me de que ela não ia travar o carro. [...] É como se o destino viesse ter comigo e dissesse: 'Agora, vais pagar a fatura de teres decidido andar de mota. E, durante algum tempo, pensei: 'Pronto, o meu percurso, na mota, acaba aqui.'", começou por recordar, numa entrevista concedida a Daniel Oliveira.
As consequências do acidente foram graves. "Há três dias que não existem na minha memória, porque estive nos cuidados intensivos, creio que em coma induzido", afirmou Martim Sousa Tavares.
O maestro não tem dúvidas em afirmar que foi vítima de "um caso de negligência médica", porque foi submetido a uma intervenção médica - devido a uma fratura exposta - que lhe causou uma embolia pulmonar - daí ter permanecido em coma induzido durante três dias.
"Apesar de tudo, sinto que foi uma sorte muito grande", sublinhou, no final, Martim Sousa Tavares, que, graças à fisioterapia, conseguiu recuperar totalmente.