Entrevistas

Noiva, Marta Faial abre o coração em entrevista intimista: "Casar-me não era um sonho"

Em entrevista à SELFIE, a atriz Marta Faial fala sobre as filhas, o companheiro e o casamento.

Como estão as filhas, as gémeas Maria Inês e Maria Beatriz?
Estão bem. Estão a entrar numa fase muito gira e, ao mesmo tempo, complicada: estão a começar a andar e a falar. Todos os dias, fazem coisas novas: dançam, brincam... Mas, também todos os dias, fazem mais disparates. É muito giro!

Elas já dão boas noites?
Sempre deram. Eu não tenho razões de queixa. Elas vão para a caminha às 20h15, 20h30 e dormem até às nove da manhã.

Em termos profissionais, há novidades?
Em meados de fevereiro, achava que elas iam entrar na creche, que iriam ficar um bocadinho mais independentes e que eu iria ter a possibilidade de retomar o meu percurso profissional. Enganei-me, porque os bebés estão sempre a ficar doentes quando entram nas creches. E eu tenho duas: vai uma doente para casa; passada uma semana, vai a outra; e, depois, a primeira volta a ficar doente... Tenho consciência de que, até elas andarem e estarem um bocadinho mais independentes, para mim, vai ser um bocadinho mais difícil retomar o meu percurso. Mas acho que isso também está para breve...

Então, foi uma escolha sua parar.
Sim. Tenho o privilégio de poder acompanhá-las. É óbvio que nunca deixei de trabalhar ao longo destes tempos, com locuções e outros projetos, mas quis dedicar este tempo às bebés, algo que nem toda a gente pode fazer.

Já sente necessidade de retomar a carreira como atriz?
Tenho muitas saudades, mas todos nós temos prioridades na vida e elas serão, para sempre, a maior das minhas prioridades.

Foi uma decisão que tomou de forma pacífica.
Muito rapidamente, achei que ia começar a trabalhar e que era isso que deveria fazer. Mas, com duas crianças, isso é uma loucura. Tiro o chapéu a quem o faz. Achei que iria faltar a demasiadas coisas com elas e que também poderia não estar a cem por cento no projeto em que estivesse. Então, optei por ficar com elas. Mas é uma questão de meses até voltar.

Está a ser a mãe que idealizava ser?
Eu não idealizava ser especificamente nada. Só queria fazer o melhor que pudesse, como todos os pais, para que elas se tornem as melhores pessoas que possam ser. Porque faz falta boa gente, com bons valores. Esse é o meu foco: fazer delas boas pessoas. O mundo precisa disso. Agora: se sou ou não boa mãe? Elas dirão quando crescerem.

Mas sente alguma mudança em si?
Sim.

Consegue descrever?
Mil e uma coisas! Mudanças físicas, por exemplo. Tenho um ouvido supersónico: ouço bebés a chorar na outra ponta do bairro. Por mais cansada e estourada que esteja, tenho sempre energia para acabar as minhas funções com elas e para brincar com elas. Isto de ser mãe a tempo inteiro é muito cansativo. Não vamos aligeirar a coisa. Não é tudo cor de rosa. É uma loucura!

Gonçalo da Câmara Pereira também é um pai presente?
Claro que sim. Ele tem sido tão presente quanto eu. Fazemos 50/50. Mas ele já regressou ao trabalho, logo, tem menos disponibilidade.

Redescobriu um novo homem depois do nascimento das filhas?
Eu já sabia que ele ia ser assim, desde a primeira vez que o vi a pegar num sobrinho. Olhei para ele e percebi. Acho que a descoberta foi mais comigo.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Estão noivos há dois anos. Já há data para o casamento?
Não... Lá está: as bebés, agora, são a prioridade. Assim que elas se tornarem crianças independentes, aí, sim. Acho que, se nos casássemos agora, elas nem iriam perceber o que estava a acontecer.

Portanto, não é para já.
Não. Para já, não.

Sempre foi um sonho casar-se?
Não. Se acontecesse, aconteceria. Se não acontecesse, não aconteceria. No fundo, também era assim com a maternidade. Se fosse mãe, seria muito bom. Se não fosse, não seria menos mulher por isso. Apesar de haver muito essa pressão da sociedade... Sou e serei sempre muito feliz por aquilo que atingi e atingir.

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