"Estive envolvida num tratamento de fertilidade". Esta é a principal revelação que marca a entrevista concedida por Maria Botelho Moniz a Cláudio Ramos, transmitida na emissão desta sexta-feira, dia 26, do programa "Dois às 10", 24 horas depois de, também no matutino da TVI, a apresentadora ter contado que vai ser mãe pela primeira vez.
"Oito ou dez dias depois de fazer a transferência do embrião, fiz o teste e deu positivo. Foi no início de março. Fiz o teste no dia 12 de março", recordou, antes de recuar no tempo para detalhar a luta que travou para conseguir engravidar.
A vontade de Maria Botelho Moniz e o noivo, Pedro Bianchi Prata, de serem pais remonta a 2021. "Comecei a fazer este tratamento em específico em janeiro. Já tinha tentado outro tratamento mais leve e já estava a tentar engravidar há mais de um ano. Começámos a tentar em 2021 e não acontecia. Entretanto, achámos por bem, dada a minha idade e a idade dele, fazermos exames e ver se estava tudo bem. Todos os médicos nos disseram que estava tudo bem e que era uma questão de tempo. E não aconteceu durante o ano de 2021. A meio de 2022, achámos melhor ir a um especialista de fertilidade ver se se passava alguma coisa. Fomos acompanhados numa clínica do Porto e não detetaram nada. Estava tudo normal. A médica que nos seguiu disse-nos: 'É, de facto, uma questão de tempo, mas sei que, para vocês, o tempo é um bocadinho apertado'", relatou.
Assim sendo, a médica em questão avançou para um "primeiro passo": "fazer uma medicação para estimular a ovulação". "O meu corpo respondeu muito bem", lembrou a apresentadora, que, nessa altura, também "ia dando umas injeções, que são chamadas de gatilho, para saber exatamente quando se ovula". "Algumas dessas injeções cheguei a dá-las aqui no estúdio", partilhou, no mesmo momento em que era mostrada uma fotografia a comprovar a afirmação. "Esta fotografia foi tirada na casa de banho do estúdio, porque tinha horas muito específicas para o fazer", pormenorizou.
"Passaram-se seis meses a fazer isto e nada aconteceu. Aí, a médica disse-nos que percebia que estávamos a ficar frustrados e que íamos avançar para uma coisa mais séria. Avançámos para uma fertilização in vitro e, aí, já fomos acompanhados em Lisboa. As primeiras consultas foram em novembro, dezembro. Esperámos que passasse o Natal e comecei o tratamento - mesmo com injeção, a sério, todos os dias - em janeiro", prosseguiu Maria Botelho Moniz, em conversa com Cláudio Ramos.
Contudo, o tratamento teve de ser interrompido. "No primeiro ciclo, em janeiro, o meu corpo não respondeu assim tão bem. Foram, para aí, duas semanas. Foi sem sucesso. Tivemos de mandar o ciclo abaixo", lamentou, desabafando: "É horrível. É muito difícil. Estava sozinha em Lisboa - o Pedro estava na Arábia Saudita, a fazer o Dakar. Portanto, a minha comunicação com ele era muito parca e rápida. Era muito difícil falarmos ao telefone."
Nessa altura, Maria Botelho Moniz pensou o pior: "Isto não vai resultar". "Tive medo. Já andava muito ansiosa mas, quando me dizem que isto é o que me dá mais probabilidade de acontecer e o meu corpo não responde... Já não é uma questão de se estou a fazer a alimentação certa, se estou a fazer as escolhas certas para a minha saúde, se estou a dormir horas suficientes, se estou a fazer um dia-a-dia correto para o corpo responder... A páginas tantas, é só o que é. O corpo não corresponde. Aí, é muito difícil", atirou, visivelmente emocionada.
A apresentadora assumiu que, com este revés, se foi "um bocado abaixo". "Janeiro foi um mês muito complicado. Até porque, hormonalmente, estes tratamentos são muito pesados. Induzem-te uma menopausa... Fiquei com o pavio muito curto, não tinha paciência para nada nem para ninguém. Só me apetecia chorar. Ora estava muito feliz, ora estava muito triste. Tinha dores de cabeça desde que acordava até que ia dormir. Acordava à meia-noite a arder de calor. Tinha uns apetites meio estranhos...", recordou.
Pouco tempo depois, retomou o tratamento. "Comecei logo em fevereiro um ciclo mais longo, mais intenso e com mais injeções. Engordei bastante neste espaço de tempo, porque aquilo é um choque para o sistema. E, depois, foi à primeira! A primeira transferência funcionou!", felicitou.
Todo este processo vivido pelo casal foi partilhado a poucas pessoas. "A minha mãe foi acompanhando muito de perto e tinha algumas amigas que sabiam o que estava a acontecer. Mas eu não quis partilhar com muita gente, porque, depois, tinha de justificar-me a muita gente se não corresse bem", alertou.
O primeiro filho de Maria Botelho Moniz e Pedro Bianchi Prata, que estão noivos desde julho do ano passado, deve nascer em novembro. O sexo do bebé ainda não é conhecido.
Veja, agora, os vídeos da entrevista concedida por Maria Botelho Moniz a Cláudio Ramos.