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Manuel Luís Goucha e as amizades em televisão: "Eu não misturo as coisas"

Foi em conversa com Carolina Deslandes que Manuel Luís Goucha, desta vez no papel de entrevistado, abriu o coração.

Manuel Luís Goucha foi o primeiro convidado do podcast "A Duas Vozes", conduzido por Carolina Deslandes, e a conversa começou com as amizades que existem no mundo da televisão.

"Já disseste, algumas vezes, que, na televisão, não tens muitos amigos. Não tens aquela coisa de por conveniência, que acaba por acontecer, que é: há um movimento de querer somar as pessoas só porque são conhecidas e torná-las amigas. Parece que é uma coisa que é conveniente para as pessoas. Muitas vezes penso: 'Como é que as pessoas ficam assim amigas em dois minutos?'. E nós nunca te vemos associado a esse tipo de movimento. Para ti foi importante fazeres essa distinção desde o primeiro dia?", perguntou a cantora.

"Eu não misturo as coisas. Quando estou a trabalhar na televisão - e é a vida que eu escolhi para mim e, só por isso, sou grato à vida, porque só faço aquilo que quero e gosto há muito anos - costumo dizer que não estou aqui para fazer amigos, estou aqui para trabalhar", começou por responder o apresentador.

"Agora, há amigos na televisão? É difícil haver amigos na televisão, na minha perspetiva, porque estamos a falar de uma profissão de egos e muito competitiva. Prefiro pensar assim: tenho colegas de quem gosto muito na televisão, com quem vou almoçar e jantar, se tiver que almoçar e jantar", continuou.

"O problema aqui é que eu sou 'bicho do mato'. Sou muito pouco sociável, sou o contrário daquilo que mostro na televisão, porque preciso, depois, de ter o meu espaço. Estou, todos os dias, com muitas pessoas. Repara, no 'Você na TV', se contarmos com as senhoras do público, eu estava, diariamente, três horas, com 100 pessoas, no mínimo. Depois, preciso do outro lado, que é estar comigo. Gosto muito de estar comigo, não sofro de solidão, sei estar muito bem comigo, e de forma, até, criativa", frisou.

Manuel Luís Goucha revelou, entretanto, que tem colegas de quem gosta muito, por quem tem "estima e ternura". "Depois tenho colegas que respeito profissionalmente, mas que, possivelmente, já não me identifico como pessoa. E, depois, tenho colegas que me são indiferentes", adiantou.

"Mas tenho pessoas de quem gosto muito. Por exemplo, a Cristina [Ferreira], eu tenho um amor pela Cristina. Não posso esquecer 14 anos de trabalho diário onde fui, desmesuradamente, feliz. Depois tenho, por exemplo, a Júlia Pinheiro. Há uma relação de amor profundo, que tem que ver com a nossa maneira de estar na profissão e na vida", enumerou.

"Eu não misturo as coisas, mas isto não foi pensado. Eu sou assim, gosto de ter o meu espaço", rematou o convidado de Carolina Deslandes.

Veja, agora, o vídeo da entrevista.

 

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