O filho mais velho do ator Pedro Lima, João Francisco Lima, lançou, muito recentemente, o livro "Já não sou o que era agora mesmo", no qual, segundo o próprio, eternizou os respetivos pensamentos.
"Espero que quem o ler se sinta mais compreendido, mais humano, menos sozinho", escreveu o jovem, nas redes sociais.
Na manhã desta quinta-feira, dia 1, João Francisco Lima marcou presença no programa "Dois às 10", da TVI.
"De onde vêm os momentos que estão no livro?", perguntou Maria Botelho Moniz.
"Da alma! É o mais genuíno possível, posto no papel, da melhor forma que consegui e com as palavras que consegui encontrar, para descrever o que sinto ou senti. Na verdade, tudo o que está aí é como se tivesse transposto para o papel os sentimentos que tinha na altura. Cada vez que releio cada uma das peças, é como se estivesse a reviver o momento exato em que a escrevi. Consigo por-me no local onde estava", começou por responder.
"Quando escreves isto, não imaginas que vai ser um livro", disse Cláudio Ramos.
"Não", concordou o filho mais velho do ator Pedro Lima, que morreu em junho de 2020. "Escrevi o primeiro poema para o meu pai, para o que seriam os 50 anos dele. Foi muito duro, exigente, emocionalmente, mas foi muito positivo. Sentia-me aliviado, de certa forma, depois da escrita. A partir daí, continuei a escrever, quando sentia necessidade. Começaram a acumular-se alguns poemas", acrescentou.
O apresentador quis saber se este projeto ajudou no processo de luto. "Claro. Para conseguir ter posto por extenso aquilo que estava a sentir, tive de pensar muito bem e estruturar os sentimentos. É bom, nesse sentido, por ser um processo de autoconhecimento", frisou João Francisco Lima.
"Todos nós passamos por momentos dolorosos e de luto. E luto não é só a morte de alguém, é sempre que há uma discrepância de expectativas em relação a coisas que nós gostamos que não acontecem como nós gostaríamos. O luto é um momento de decisão. Podemos decidir como queremos lidar com essa frustração, com essa dor. Podemos deixar que nos engula ou podemos aprender a comunicar com ela e tirar partido do que ela tem para nos ensinar. Acho que é isso que tenho feito", rematou o jovem.
Veja, agora, o vídeo.
Caso esteja a sofrer de algum problema psicológico, tenha pensamentos autodestrutivos ou sinta necessidade de desabafar, deverá recorrer a um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral, podendo, ainda, contactar uma das seguintes entidades:
- Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (número gratuito) e 210 027 159
- SOS Voz Amiga (entre as 16h e as 24h) - 213 544 545
- Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535
- Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 030 707
- SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020