LEÃO - 3 de Espadas

Não há factos eternos, como não há verdades absolutas. (Nietzsche, o meu ateu e louco preferido. Daí que o cito tantas vezes. Ainda não usei a polémica frase ‘Deus está morto!’)

Não há factos eternos, é isto que se deve pensar nos momentos de maior desalento. Tudo passa. Nem o Universo é fixo, ele continua a nascer, crescer e morrer! Sim, este universo em que vivemos, um dia, vai desaparecer - a Teosofia, que Fernando Pessoa tanto estudou e que traduziu livros, chama-lhe Manvantara.

 As derrotas de hoje são lições que nos tornam mais sábios, um “não” é apenas uma conjugação de letras, então, que tal entendê-lo como um desafio? E o desafio é aperfeiçoar o plano, perceber porque é que não resultou e fazer de novo.
Todos têm o direito de se ir abaixo, de lamentar-se, mas não eternamente. Não se fique no primeiro ‘não’. Pense… pense bem! A beleza da vida reside na sua infinidade de opções; se esse caminho não era o certo, procure outro, comece de novo as vezes que forem precisas. Enquanto houver um novo dia, existirá sempre entusiasmo. Não o deixe morrer! Quando deixamos o entusiasmo desvanecer estamos perdidos. Pode ser, de facto, o princípio do fim de uma existência interessante.

Porque insistimos nós em permanecer no rebanho? Insistimos em ser ingratos, queremos sempre mais e isso até poderia ser bom, mas a questão é que basta um “não”, basta que haja um contratempo para desvalorizarmos tudo o resto. É verdade ou não? O foco é sempre no que não temos! O foco é sempre no negativo.
Estamos viciados no sofrimento, a mente está viciada no sofrimento. Quando não tem inventa. Assim vamos vivendo uma vidinha medíocre quando, de facto, poderíamos viver bem melhor.
Perseguimos o que não devemos; quem não nos trata bem; insistimos em ‘lutar’ por… amor… lutar por amor? Ele existe ou não existe! E caríssimos Leão, não existe Amor sem respeito! Não existe Amor sem admiração! Isso chama-se carência ou medo da solidão.