GÉMEOS - 9 de Paus

Por que será que nos deixamos, tantas vezes, dominar pela ansiedade? Eu acho que sei a resposta! Talvez seja porque estamos presos ao passado e com medo do futuro. Será? Aposto o meu dedo mindinho que sim.
Vivemos focados no amanhã, presos aos nossos desejos, medos e dúvidas. O ansioso jamais vive o presente! Então, mas se não vive o presente, o que é que há mais para viver? Como é possível viver permanentemente na “corda bamba”? Sim, porque viver em função do que já aconteceu, do que ainda não aconteceu ou do que não existe, cria um desequilíbrio muito grande e bloqueia a maioria das nossas imensas capacidades, nomeadamente a lucidez e a criatividade essenciais para sairmos do carrossel maluco onde está a maioria de nós.

 A ansiedade e a depressão, os grandes flagelos da nossa sociedade, que surgem nas nossas vidas quando elegemos algo exterior a nós, como a coisa mais importante da nossa existência. Basear a felicidade em algo fora de nós… eis o erro crasso em que todos caímos. O vazio torna-se insuportável e as doenças surgem. E porquê? Porque não temos um propósito de vida maior. Há tanta gente que tem tudo (?) e sente esse vazio, portanto, o que falta à humanidade é uma missão de Vida que começa por si, por se conhecer a si. Não começa por fazer o Bem fora, começa por fazer o Bem a si mesma/o.
Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.

Somos insaciáveis porque os desejos são gulosos. O que possuímos nunca nos chega. Sentimos que o caminho nunca é o certo porque procuramo-lo e percorremo-lo talvez de forma insensata. O caminho está dentro de nós. Nós somos o nosso próprio caminho e enquanto não percebermos isso ficaremos presos nesta rede, no matrix, que é a grande Roda de Samsara.

O 9 de Paus fala na possibilidade de se deparar com alguns obstáculos, sendo um deles a sua própria insegurança que advém dos seus traumas que ainda não foram tratados. O que há de mais prioritário que cuidar de si? Nada. Faço-o por si, pela sua família e para que o seu futuro seja melhor que o seu passado. Que assim seja.