PEIXE - A Lua

A dor que não se expressa transforma-se em comportamento. E o comportamento conta histórias que o corpo ainda não sabe contar. - Dr. Gabor Maté

Peixinho, esta semana não há desculpas: é hora de olhar para dentro, mesmo que o que veja esteja meio enevoado, com neons piscantes de sonhos antigos, mágoas abafadas e medos. A Lua é uma carta que não mente… vá, mente um pouquinho, pronto, é muito imaginativa. MAS, pode ser muito útil se usada em momentos que nos pedem… criatividade. É ela que nos traz as eurekas, as intenções certeiras. Pois é. Use-a bem.

Está a viver numa fantasia reconfortante ou a fugir da verdade em slow motion só porque assusta? O Tarot pergunta: está a confiar na sua intuição ou só a alimentar um enredo de ilusão bem produzido? E como os Peixinhos são capazes de produzir novelas… já não são mexicanas, são… turcas?! 

A Lua quer que abrace o escuro, não para se perder nele, mas para encontrar os seus próprios olhos. Não os dos seus pais, filhos, chefes, companheiros - os seus. As respostas que procura não estão no outro, nem no futuro, nem nas mensagens subliminares do Instagram espiritual. Estão aí, nesse silêncio que anda a evitar com scroll infinito e baldes de gelado. É tempo de escutar o sussurro por detrás da confusão: aquele que diz acalma, estou contigo... e é a sua própria voz.

Conto zen: Um jovem monge fugia sempre das tarefas mais difíceis. Um dia, o mestre disse: Vai buscar água ao poço mais fundo. O monge hesitou, mas foi. Ao puxar o balde, viu o seu próprio reflexo na água. ‘Era isso que evitavas’, disse o mestre, o teu próprio rosto. 

Peixes, esta semana, encara o poço. A luz vem de dentro, jamais de fora e jamais, jamais a felicidade virá de algo ou de alguém. Jamais. 

Afirmação: Eu confio no que sinto, acolho e integro a minha sombra e deixo que a verdade me guie com compaixão e firmeza.