Rita Pereira esteve à conversa com Fátima Lopes, no programa "A Tarde É Sua", e revelou como viveu esta quarentena ao lado do namorado Guillaume Lalung e do filho Lonô, que a atriz prefere resguardar nas redes sociais.
"Ele é muito carinho e expressivo e tem uma personalidade forte", descreveu Rita Pereira, antes de recordar um episódio em que, durante uma brincadeira, Lonô lhe atirou com um brinquedo de madeira à cabeça, deixando a atriz com um 'galo'.
Depois, a atriz emocionou-se ao falar sobre racismo e a repercussão do caso George Floyd. "Eu também vivo isto. Não consigo estar sentada e ao meu lado estar o meu marido que me diz que está a receber mensagens racistas", contou, em lágrimas, a atriz. "É impossível. Eu não quero que, quando o meu filho cresça, esteja a receber as mesmas mensagens de racismo. Não quero que o meu filho seja seguido numa loja. Quero que o meu filho possa entrar numa loja de roupa, sem olharem para a cor dele", sublinhou.
Rita Pereira confessou, ainda, que não quer que o filho "seja apontado porque tem uma cor diferente". "Quero que o meu filho possa apanhar um táxi durante a noite, na rua. (...) Quero que ele possa entrar num discoteca, tranquilamente, sem ter de ouvir: 'Não, porque já estão muitos pretos. Não podem entrar mais'. Quero que o meu filho seja livre", sublinhou, antes de reiterar: "Não quero ouvir o meu marido dizer que recebeu uma mensagem a dizer: 'Vai para a tua terra, preto de m****'."
No final, Rita Pereira assegurou que vai à manifestação que está a ser organizada em Lisboa, não por ser uma figura pública, mas porque isso a toca "profundamente". "Acho, sinceramente, que os pais, em casa, têm de começar a falar sobre o racismo", apelou a atriz.
Veja, agora, os vídeos com as declarações de Rita Pereira.