A revista Cristina foi destacada com o prémio Arco-Íris 2017, num evento organizado pela ILGA Portugal, e Cristina Ferreira fez questão de partilhar o momento-chave que a sensibilizou para o preconceito que existe na comunidade LGBT. Quando ainda dava aulas, a apresentadora teve uma aluna que terá sido atacada pela orientação sexual e Cristina confessou que, na altura, não soube reagir.
“Estas capas começaram há 16 anos, porque fui professora numa escola, em Casal de Cambra. Há um dia em que [a turma] se vira para uma miúda lá da sala, que estava na penúltima fila, e começaram a dizer: ‘a professora não sabe, mas ela é lésbica, ela gosta de meninas’. Ela corou, corou, corou e eu mandei-os sossegar e não consegui fazer mas nada. Tinha 24 anos e não soube lidar com aquele momento. Por isso, digo que estas capas começaram há 16 anos porque eu próprio fui aprendendo a lidar com ela, com aquela menina”
“Toda a gente diz: ‘eles que façam lá o que quiserem da vida deles, mas façam-no em casal, onde ninguém vai ver. Porquê?”, acrescentou
Recorde-se que a capa da Cristina deste mês de janeiro é protagonizada pela drag queen Stefani Duvet que, na verdade, é Tiago Santos. Vários foram aqueles que aplaudiram a iniciativa de Cristina Ferreira.