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Sara Sampaio: "Senti-me violada, maltratada e desrespeitada"

Sara Sampaio é a mais recente celebridade a descrever publicamente uma situação de desrespeito pela qual passou.

  • 20 out 2017, 12:17
Redação Selfie / MC

Na sequência das várias denúncias de assédio sexual que têm vindo a público, a manequim da Victoria’s Secret relatou, através do Instagram, um episódio que viveu na primeira pessoa.

“Hoje, decidi partilhar uma experiência recente que tive com a revista francesa Lui. Aceitei ser fotografada para a capa de outono da Lui, na condição de não haver nudez. A minha agência e eu insistimos para que houvesse um acordo que me protegesse, a mim e à minha decisão de não ser fotografada nua. Mesmo com a cláusula 'sem nudez', fui agressivamente pressionada para posar nua, ao mesmo tempo que me perguntavam por que razão não queria mostrar os mamilos ou tirar fotografias nua. Ao longo do dia, na sessão, tive que me ir defendendo, constantemente, relembrando os meus limites e tapando-me o mais possível. Enquanto via as imagens finais, reparei que várias partes do meu corpo tinham sido, acidentalmente, expostas enquanto posava. Falei com eles e asseguraram-me de que essas fotografias não iriam ser usadas. A revista mentiu e usou uma das minhas imagens nua, violando, assim, claramente, o nosso acordo”, escreveu Sara Sampaio, relembrando que “todas as mulheres têm o direito de fazer as suas próprias escolhas no que diz respeito ao corpo e à imagem”.

“Estou confortável com o meu corpo e em posar nua, em circunstâncias que considero serem uma forma de arte - este é um processo que surge naturalmente e é muito bem pensado, que é criativo e feito com a colaboração de todos. Ao longo da minha carreira, fui sempre muito seletiva sobre onde e quando fotografava nua. O facto de ter posado nua antes não dá o direito a ninguém de assumir que o mesmo se possa voltar a repetir, em qualquer circunstância. Tenho o direto de mostrar o meu corpo quando, onde e como quiser. E quando tomo uma decisão, espero ser tratada com respeito e profissionalismo”, acrescentou.

“O que fizeram comigo foi inaceitável. Senti-me violada, maltratada e desrespeitada, como profissional e como mulher”, concluiu.

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