"No dia 1 de Abril de 2016, levei a Amélie ao Hospital Veterinário Vasco da Gama para fazer uma limpeza aos dentes. Na madrugada de dia 2, a Amélie faleceu em casa passadas várias horas de profundo sofrimento, depois de ter tido alta médica. No dia 11 de Abril, eu e a minha família despedimo-nos para sempre da Amélie com uma enorme dor pela perda repentina, inesperada e injustificada", recordou.
A atriz continuou a lembrar a sucessão dos eventos que culminaram nas acusações: "Nesse mesmo dia, partilhei na minha página de Facebook, a minha dor, as minhas dúvidas e a minha indignação pelo que me tinha acontecido.Em resposta, o Hospital Veterinário Vasco da Gama e a Dra Susana Vitor entraram com um processo crime contra mim por eu ter falado sobre o que me tinha acontecido e devastado.
"Fui acusada da prática dos crimes de difamação e de ofensa a pessoa colectiva. O Ministério Público não acompanhou a acusação particular por considerar que não me era imputável a prática de tais crimes", explicou.
Quanto ao que ouviu em tribunal, por parte da ofendida, a atriz comentou: “[...] 'A Maria João Bastos é uma figura pública, não pode falar publicamente como as outras pessoas porque chega a muita gente' e 'Sr. Dr. Juiz, convenhamos, é apenas um cão'". Não, Sr. Advogado de acusação, não era apenas um cão, era a minha princesa com quem eu partilhava a vida, de quem eu cuidava e a quem eu respeitava. E esse amor por ela também deve ser respeitado, seja qual for a opinião de cada um (até por aqueles que acham que é só um cão)."
"Quanto ao facto de ser uma figura pública, isso não me diminui, nem me retira os direitos que tenho como qualquer pessoa, entre eles a liberdade de expressão", acrescentou Maria João Bastos.
"[...]Nenhuma profissão ou carreira nos impede de sentir ou de sofrer. Abril é o mês da liberdade, mas para mim nunca deixará de ser também a lembrança da dor e da partida. O caso está encerrado, mas a saudade nunca terá fim", rematou.