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Morreu o ensaísta Eduardo Lourenço e Governo decreta dia de luto nacional

O ensaísta Eduardo Lourenço, de 97 anos, morreu, esta terça-feira, dia 1, em Lisboa.

com Lusa

O ensaísta Eduardo Lourenço, de 97 anos, morreu, esta terça-feira, dia 1, em Lisboa, confirmou à agência Lusa fonte da Presidência da República.

Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta, interventor cívico, várias vezes galardoado e distinguido, Eduardo Lourenço foi um dos pensadores mais proeminentes da cultura portuguesa. O primeiro-ministro já anunciou que esta quarta-feira, dia 2, será um dia de luto nacional.

Eduardo Lourenço Faria nasceu a 23 de maio de 1923, em S. Pedro do Rio Seco, no concelho de Almeida, na Beira Baixa.

Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas, na Universidade de Coimbra, em 1946, aí inicia o seu percurso, como assistente e como autor, com a publicação de "Heterodoxia" (1949).

Seguir-se-iam as funções de Leitor de Cultura Portuguesa, nas universidades de Hamburgo e Heidelberg, em Montpellier e no Brasil, até se fixar na cidade francesa de Vence, em 1965, com atividade pedagógica nas principais universidades francesas.

Foi conselheiro cultural da Embaixada Portuguesa em Roma. Em 1999, passou a administrador não executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, que tem em curso a publicação da sua obra integral.

Autor de mais de 40 títulos, possuiu, desde sempre, "um olhar inquietante sobre a realidade", como destacaram os seus pares.

"O Labirinto da Saudade", "Fernando, Rei da Nossa Baviera" são algumas das suas principais obras.

Eduardo Lourenço recebeu o Prémio Camões (1996) e o Prémio Pessoa (2011).

Entre outras distinções, recebeu as insígnias de Grande Oficial e a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Era Oficial da Ordem Nacional do Mérito, Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras e da Legião de Honra de França.

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