Afinal, o que mudou no Restaurante do Caipirinha após o "Pesadelo Na Cozinha"?

Localizado na Figueira da Foz, o Restaurante do Caipirinha foi alvo da 'intervenção' do chef mais temido do país no "Pesadelo Na Cozinha" desta semana. A SELFIE foi perceber se houve grandes mudanças no espaço e provar as iguarias anunciadas na extensa ementa.

À chegada à Figueira da Foz não tivemos dificuldade em encontrar o Restaurante do Capirinha, que recebeu o nome em homenagem à nacionalidade do proprietário.

Somos atendidos por um novo funcionário, prestável e atencioso, e nem sinal de Chris que recebeu elogios do chef Ljubomir Stanisic.

Na cozinha percebemos que se mantem o casal de proprietário, João e Rosa, e o filho do casal, Wesley, continua a controlar o forno das pizzas, que confeciona com a sua famosa receita de massa com natas, mas da qual não ficámos fãs. Pedimos a versão Carbonora e, talvez, a combinação tenha sido excessiva, porque sentimos um intenso sabor a gordura.

Mas voltemos ao início e à dificuldade em eleger o que íamos comer. Tal como aquando da visita do mais temido chef de Portugal, a lista é extensa... muito extensa, e há desde pratos de marisco e peixe grelhado, passando por bifes e francesinhas, picanha e pizzas! Portanto, acaba por haver um pouco de tudo, mas nada que se destaque como especialidade da casa.

Por termos visitado o restaurante num sábado, à hora de almoço, acabámos por ser logo 'topados' pela equipa, que percebeu, desde cedo, que íamos explorar o restaurante, porque já sabíamos da passagem pelo programa da TVI.

Mesmo assim, corresponderam às expetativas e o atendimento não deixou a desejar e nem o que pode ser considerado por alguns como excesso de simpatia nos incomodou.

Entradas na mesa, simples, com pão, azeitonas, mateiga e paté, é-nos sugerida a sopa do dia. Servida numa tigela, que nos aquece logo num dia em que a temperatura exterior era fria e a interior também não era a mais amena.

Seguiu-se, então, Polvo Panado com Arroz de Feijão, e Picanha. Se o primeiro não desiludiu a nível de sabor e ponto de confeção, já a dose, por 15,5€ pareceu-nos muito pouco generosa.

No caso da Picanha, as duas porções de carne eram provenientes de peças diferentes o que fez com que uma delas nos deliciasse, com a textura e o ponto de cozedura certo, e a outra fosse intragável. O arroz e o feijão preto estavam aceitáveis, mas a couve mineira tinha um sabor estranho e desconfiamos que não seria do dia.

No final, salvou-nos o famoso quindim que evocou os típicos sabores da cozinha brasileira, bem como a mousse de manga adoçada na dose certa e aveludada no paladar. Também, o pudim de ovos e a serradura não dececionaram, mas não deixaram memória futura no nosso palato.

Em termos de decoração do espaço, compreende-se a opção pelo azul, que evoca a zona costeira em que se localiza o restaurante, mas, dada a pouca iluminação, torna a sala escura e um pouco mais triste, pois os clientes contavam-se pelos dedos das duas mãos durante o tempo em que lá estivemos.

O já típico armário para cortar o pão, que o chef tem deixado quase em todos os restaurantes por onde tem passado nesta temporada, ajuda a dividir a sala e a controlar bem o espaço, mas, também, este tem uma iluminação fraca, que não lhe dá o devido destaque no salão.

Reparámos, ainda, no forno das pizzas que, contrariamente, ao que aconteceu aquando da passagem do "Pesadelo Na Cozinha" já não enche o espaço de fumo e assume, até, um papel central no grande salão que, de acordo com a publicidade, está apto para servir banquetes, não sabemos é se será tão cedo...

João, o proprietário, contou-nos que espera melhores dias com a chegada do tempo mais quente e que, até lá, vai sobrevivendo com os clientes frequentes.

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