Entrevistas

Marco Costa sobre o pai: "Sinto mágoa por não partilhar com ele as coisas que tenho"

O pasteleiro Marco Costa teve uma conversa emotiva com Fátima Lopes, no programa "Conta-me Como És".

Marco Costa foi o convidado deste sábado, dia 15, de Fátima Lopes, no programa "Conta-me Como És". Numa conversa franca, o pasteleiro, de 29 anos, abordou o trajeto pessoal e profissional.

No começo da conversa, Marco Costa começou por relembrar a infância difícil: "A minha mãe era cabeleireira, tomava conta de crianças, vendia plantas, à noite trabalhava numa fábrica de sanduíches. Quando ouço falar em 'mãe guerreira', o sinónimo é Esperança Oliveira. [...] Desde pequeno que aprendi a viver com o pouco que temos. Às vezes, não precisas de mais para seres feliz. A minha mãe fez esse trabalho muito bem".

“Hoje em dia, tenho um bom carro, mas o primeiro que tive foi um Fiat Punto que me custou cem euros, todo podre. Chovia no carro, tivemos de comprar uma placa. Às vezes perguntam-me se tenho medo de cair. Medo de cair porquê, se de onde eu vim já era feliz?”, garantiu, ainda.

O companheiro de Vanessa Martins confessou, também, que a pastelaria não foi logo uma área que o apaixonou. O pai de Marco Costa foi decisivo para o pasteleiro se dedicar, de corpo e alma, a esta profissão. 

“Comecei a trabalhar aos 12 anos na fábrica com o meu pai, fazia aquelas coisas que um miúdo pode fazer. Trabalhava de noite e estudava de dia. Aos 15, deixei a escola e fui trabalhar como ajudante de pasteleiro. Senti que ou estudava ou ganhava dinheiro. E tirar dinheiro onde faz falta… Não me arrependo. Não podemos ser todos doutores, apresentadores, mas em todas as profissões podemos ser bons”, contou. 

Sendo, atualmente, um pasteleiro de sucesso, Marco Costa reconhece que o êxito que atingiu é o resultado de muita persistência e trabalho, além dos ensinamentos do pai, que faleceu quando o ex-concorrente da "Casa dos Segredos" tinha 18 anos: “Quando o meu pai morreu, não me deixou nada em que eu pudesse tocar, mas deixou-me tudo, deixou-me a minha profissão. Tenho a mágoa de não poder partilhar com ele as coisas que tenho. Sei que onde ele estiver pensa: ‘Fui um chato, mas és um grande homem’. Fui um filho difícil, com esforço os meus pais fizeram um grande trabalho”. 

"Acordo todos os dias às quatro da manhã, muitas vezes com um frio de rachar, e penso: 'Hoje é mais um dia, não vai faltar nada a esta família. Tudo o que puder proporcionar, vou proporcionar. No que eu puder fazer, não vai falhar nada'", concluiu.

(Re)veja a entrevista de Marco Costa, na íntegra, no vídeo.

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