Entrevistas

Júlio Isidro: "Não gosto que me chamem de desonesto"

O apresentador Júlio Isidro teve uma conversa emotiva com Fátima Lopes, no programa "Conta-me Como És".

  • 9 nov 2019, 19:49
Igor Pires

Júlio Isidro foi o convidado deste sábado, dia 9, de Fátima Lopes, no programa "Conta-me Como És". Numa conversa franca, o apresentador, de 74 anos, abordou o trajeto pessoal e profissional.

Entre os vários momentos do percurso na televisão recordados na entrevista, Júlio Isidro relembrou uma longa emissão em direto que conduziu ao lado de Tânia Ribas de Oliveira, a propósito do encerramento dos históricos estúdios da RTP no Lumiar.

"Quando foi o fecho das portas do estúdio [do Lumiar]... Eu fiz o programa lindamente. O programa teve quatro horas de duração, andei pelos estúdios todos a entrevistar... O último clipe era dos desaparecidos. E eu estava no meio do pátio para fechar 'a porta da televisão' com a Tânia Ribas de Oliveira, ainda muito inexperiente. E de repente passam as imagens dos meus companheiros que já partiram, eu desfaço-me em lágrimas, não digo 'nem sim, nem sopas', pois fiquei logo 'entupido'. Não disse mais nada. E ela, pouco experiente, fez as despesas da conversa até ao final. [...] Ela amparou-me", recordou o apresentador.

Noutro pedaço da conversa, destacou-se a curta presença de Júlio Isidro na TVI, entre 1993 e 1996. Num dos programas que apresentou na estação, o talk show "Dar Que Falar", Júlio Isidro contou com a presença de um amigo dentro e fora dos ecrãs, o advogado Luís Laureano Santos, que era um convidado regular do programa para falar sobre assuntos relacionados com a atualidade. Como o próprio veterano da televisão lembrou, Luís Laureano Santos foi fundamental numa fase difícil da sua vida. 

"Foi ele quem me tratou do divórcio e muitíssimo bem. Tive um pequeno percalço com o advogado da outra parte e ele conseguiu sanar com alguma facilidade. Eu sou a pessoa mais pacífica do mundo, mas não gosto que me chamem de desonesto. [...] No intervalo de uma sessão, onde o advogado tinha inventado as coisas mais sinistras a meu respeito, porque tinha de haver um culpado - a legislação obrigava a isso -, eu fui ter com ele, porque me senti muito ofendido e apanho-o lá fora. Disse-lhe que ele tinha dito coisas que não eram verdade e ele respondeu-me que não me conhecia de lado nenhum. 'Ai, não? Então, apresento-me já', disse-lhe, agarrei-o pelo colarinho e ia levantá-lo ao ar para lhe dar um tabefe. E foi o Luís Laureano quem me salvou da situação, porque, caso contrário, teria sido mesmo uma coisa muito desagradável". 

(Re)veja a entrevista na íntegra. 

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