Filipa e Catarina, até há pouco tempo assistente social e educadora de infância, decidiram abraçar um legado familiar após o pai adquirir a Quinta Condes de Valadares. Assim nasce "a quinta que conta histórias," um refúgio às portas de Lisboa, onde o charme do século XVIII e o conforto contemporâneo se encontram em perfeita harmonia. Com paixão e dedicação, as duas irmãs querem mostrar que a qualidade é intemporal, revivendo a herança do passado com o toque moderno do presente. E é assim que a história recomeça... passados mais de 300 anos.
"A ideia inicial era virmos viver para cá." (Filipa)
"Na realidade, a ideia inicial era virmos viver para cá. Como somos uma família muito unida, a ideia era ficarmos a viver todos próximos. O meu pai até queria fazer uma espécie de condomínio privado. Mas nós percebemos o potencial que este espaço tinha e começámos a olhar para ele de outra maneira. Como já vimos da área da restauração - temos três pastelarias - decidimos dar continuidade a esta arte do bem servir, que já fazia parte de nós. Há 11 anos que comprámos este espaço e andámos a perceber o que é que devíamos fazer com ele, até que tomámos uma decisão: vamos para aquilo que realmente sabemos fazer que é a restauração", começou por contar Filipa Ferreirinha, de 25 anos.
"Na verdade, eu sou educadora de infância e a Filipa é assistente social, mas sempre trabalhámos na restauração desde pequenas: no Natal, nas férias de verão... O nosso pai deixou-nos voar para o caminho que nós escolhemos e que achávamos que era o mais certo, para, depois, regressarmos. E, quando voltámos, voltámos com tudo. Pegámos neste projeto já com outra garra e com outra maturidade. Foi assim que nasceu a ideia dos eventos e de, aos poucos, irmos fazendo as restaurações. Mas o grande visionário foi o nosso pai", acrescentou Catarina Ferreirinha, de 33.
"O grande visionário foi o nosso pai." (Catarina)
É então que, a partir de um espaço em ruínas com mais de 300 anos, nasce um espaço para eventos.
"É preciso ter muita visão, não é?", brincou Filipa.
"E coragem! Também tivemos muita sorte nas pessoas que escolhemos para trabalharem connosco, nomeadamente na decoração: pessoas arrojadas, atrevidas. Às vezes, até duvidámos se funcionaria ou não, mas a verdade é que acho que é isto que nos diferencia, pelo menos aqui nesta área de Lisboa", sublinhou Catarina.
"Tentámos manter o máximo de História possível." (Catarina)
Chamam-lhe "a quinta que conta histórias," um refúgio às portas de Lisboa, onde o charme do século XVIII e o conforto contemporâneo se encontram em perfeita harmonia. Com paixão e dedicação, as duas irmãs querem mostrar que a qualidade é intemporal, revivendo a herança do passado com o toque moderno do presente.
"O salão teve de ser feito de raíz, porque o espaço estava em muito mau estado, mas conseguimos manter, por exemplo, a parte das cavalariças e das manjedouras, que tivemos de restaurar e modificar, de modo a que ficasse funcional. Ao início, tivemos algumas dúvidas. Será que vai ficar bem fazer assim uma junção entre o moderno e o antigo? Mas achamos que resultou muito bem. E depois temos esta vista incrível! Ah e uma nota importante: todos os vidros dos candeeiros foram postos por nós! Foi uma semana a pôr vidros até às duas ou três da manhã, vidrinho a vidrinho", partilhou Filipa.
"Na parte da adega, também é tudo original, não mexemos em nada. Lá está, tentámos manter o máximo de História possível e confiar na equipa responsável pela decoração. Ao início, pensámos que os candeeiros iam ser demais, mas a verdade é que funciona, porque basta uma fotografia de um candeeiro e toda a gente nos identifica. E isto para a marca também é muito importante", reconheceu Catarina.
"Nós costumamos dizer que vamos fazer três inaugurações. Uma já fizemos. A próxima vai ser a capela e, depois, então, a grande inauguração, que é o palácio." (Filipa)
Na parte exterior da quinta, há ainda uma série de espaços para welcome drink, corte do bolo dos noivos, team buildings para eventos corporativos, sem esquecer as zonas que ainda estão a ser reabilitadas.
"Estamos a reabilitar a zona ao pé da piscina, por exemplo, o palácio, a capela. Aos poucos. Nós costumamos dizer que vamos fazer três inaugurações. Uma já fizemos. A próxima vai ser a capela e, depois, então, a grande inauguração, que é o palácio", revelou Filipa, visivelmente orgulhosa do caminho feito até então.
"É assim que nós gostamos de trabalhar: personalizar, fazer as coisas à medida daquilo que o cliente procura." (Catarina)
Já sobre o staff, Catarina não poupa elogios: "Nós temos muita sorte com o staff. Todo o staff da cozinha é fixo, não é um catering que vem de fora, é nosso, o que nos ajuda em vários aspetos. Não só a qualidade se mantém, porque são sempre os mesmos a fazer, como também temos uma grande facilidade em responder ao cliente e em personalizar. E é assim que nós também gostamos de trabalhar: personalizar, fazer as coisas à medida daquilo que o cliente procura. Claro, nós temos coisas fixas que podemos mostrar, mas aquilo que nós gostamos é que o cliente chegue e possa dizer-nos aquilo que quer. E nós fazemos então uma festa de acordo com aquilo que o cliente procura. Também é isto que nos dá algum gozo, não é? Que é para não ser chapa 5 para todas as festas. Mas, à parte disso, acho que a nossa equipa também é muito exigente consigo mesma. Tanto na parte da cozinha como na parte da sala, são todos muito exigentes. Por exemplo, o nosso chefe de sala é o senhor das etiquetas [risos]. O facto de sermos muito exigentes faz a diferença, garante a qualidade em muitos pormenores em que, às vezes, o cliente não repara, mas fazem a diferença. Ah e também temos ali uma horta, que já dá algumas coisinhas."
"O que eu gosto sempre de destacar é a qualidade do nosso serviço, que é uma coisa que efetivamente não se encontra em todos os espaços, porque temos mesmo uma preocupação grande com isso. E, às vezes, nós, enquanto clientes, frequentamos outros sítios e pensamos: como é que é possível?", acrescentou Filipa, entre risos.
No entanto, ambas reconhecem que este trabalho e esta proximidade com os clientes lhes exigem que estejam sempre muito presentes.
"Sem dúvida, mas acho que ganhamos muito com isso também. Num casamento, por exemplo, todo o planeamento é feito com uma cara. Assim, no dia, se acontecer alguma coisa, - claro que tentamos sempre que não aconteça - as pessoas já sabem que vão procurar aquela cara e ela está lá. Acho que isso é muito vantajoso. Transmite segurança, confiança", frisou Catarina, cuja opinião é partilhada por Filipa: "Acho que é um bocadinho o segredo do negócio. Essa proximidade existe também na equipa: 'Aconteceu isto, temos que resolver.' Há esse à vontade. E o próprio cliente sente-se muito mais à vontade de estar cá a cara com a qual começou a negociar. É sempre muito mais fácil no dia, porque, se precisar de alguma coisa, tem sempre uma referência a quem recorrer."
Por falar em casamentos, as duas irmãs garantem que os tempos mudaram e que agora já não existem apenas casamentos no verão, pelo contrário, há muitas celebrações entre março e novembro, sobretudo às sextas e aos sábados. A pensar nas famílias que são de fora de Lisboa, tem também já disponíveis oito quartos e vão ter mais doze.
"O nosso pai costuma dizer-nos: 'Se vocês estragarem, já estão a estragar o que é vosso, portanto, vivam com o peso dessa responsabilidade agora.' [risos]" (Filipa)
Catarina destaca o orgulho do pai, que vê este negócio de família aberto há apenas um ano a dar frutos: "Acho que o nosso pai confia muito no nosso trabalho. E, depois, ele é um visionário. Ele é que viu isto tudo, não é?"
Por sua vez, Filipa destaca a garra e o conceito de família que o pai lhes passou: "O nosso pai não interfere muito na parte dos eventos, está mais responsável pela parte das obras, mas costuma dizer: 'Se vocês estragarem, já estão a estragar o que é vosso, portanto, vivam com o peso dessa responsabilidade agora' [risos]. Ele é muito exigente, muito crítico, mas é isso que nos torna tão exigentes também. Por mais que não pareça, ele anda sempre a dar um olhinho, tem sempre alguma coisinha para dizer... Quando não diz, nós estranhamos. [risos] Mais do que a marca é a pessoa que está por detrás da marca. Nós é que damos a cara, para o bem e para o mal. Nos parceiros que trabalham connosco tentamos procurar a mesma coisa. Acaba por ser quase como uma família, na realidade. É isso que nós procuramos. Também é desse ambiente que vimos e acho que, na realidade, só sabemos trabalhar assim."
"O primeiro ano é difícil, é normal, é o primeiro, mas agora estamos a ver resultados." (Catarina)
2025 já está aí à porta, mas 2024 ainda reserva muitas surpresas na Quinta Condes de Valadares, como adianta Catarina: "Vamos ter a nossa Passagem de Ano, no dia 31 de dezembro, com jantar, fogo de artifício e festa, claro! Já fizemos no ano passado e vamos voltar a fazer neste ano. Já sentimos uma procura diferente, porque já aconteceu em 2023, porque as pessoas já ouviram falar e já são as pessoas a virem ao nosso encontro para saberem mais. E isso está a ser muito gratificante para nós, porque o primeiro ano é difícil, é normal, é o primeiro, mas agora estamos a ver resultados."
"O feedback que temos sempre é tão incrível que já notamos muito o 'passa a palavra'. Já tem um impacto muito grande na publicidade do espaço." (Filipa)
Já Filipa está de olhos postos no futuro que se avizinha e tem planos muitos claros: "Crescer, crescer sempre mais, progredir. A quinta tem um potencial enorme, nós ainda só estamos abertos há um ano - um primeiro ano que superou as nossas expetativas. Não fica propriamente numa estrada em que toda a gente passe, mas o feedback que temos sempre é tão incrível que já notamos muito o 'passa a palavra'. Já tem um impacto muito grande na publicidade do espaço. E, portanto, o nosso objetivo para o próximo ano é trabalhar mais. Muito mais."
Sobre a Quinta Condes Valadares
A Quinta Condes de Valadares, antiga casa de campo dos Condes de Valadares, é agora um espaço versátil gerido pela família Ferreirinha e que acolhe eventos empresariais e celebrações, como casamentos, batizados e festas corporativas. Situada às portas de Lisboa e com capacidade para receber 400 pessoas, oferece uma combinação perfeita de tradição e modernidade, tranquilidade e requinte, sendo a escolha ideal para qualquer tipo de evento.