No Instagram, Pedro Chagas Freitas não se mostrou indiferente à notícia da morte de Jorge Nuno Pinto da Costa e dedicou um texto ao antigo presidente do FC Porto que morreu, aos 87 anos, no passado sábado, dia 15.
"A vida é um filme. Um argumento mal escrito, cheio de cortes, repetições, diálogos absurdos. De vez em quando, aparecem personagens que ninguém esquece. Figuras que não morrem em nós. Metade vilões, metade heróis. Cem por cento carismáticas. Pinto da Costa era uma dessas personagens", considerou o escritor.
"Enigmático, carregado do que nos distingue das máquinas. Não era um algoritmo, não era previsível, não era polido, adaptável ao gosto de ninguém. Era o que era, o que no fundo não sabia deixar de ser. Havia um poema no que fazia. Os poemas não existem para agradar a todos. Teve ódio como teve amor. Gerou devoção, fúria, respeito. Nunca foi indiferente. Sentiu até ao limite", continuou Pedro Chagas Freitas.
"Teve paixões, amor, soube o que era a montanha-russa da existência. Viveu entre o êxtase e a contestação, soube o sabor da glória, o peso da perseguição. Não assistiu; foi protagonista. É assim que a porra da vida vale a pena. Se depois desta vida de cá de baixo houver outra qualquer, não importa onde, em pouco tempo será lá o que foi aqui: líder. O líder não é o que manda mais; é o que inspira mais. O que move multidões sem precisar de lhes pedir nada. O que deixa um vazio quando se vai. Certas personagens, como certas pessoas, podem não ser bem entendidas; mas são bem sentidas. Pinto da Costa era uma dessas raras pessoas", rematou o escritor.