"Nem todos os amores sobrevivem às diferenças", começou por escrever Pedro Chagas Freitas, numa das mais recentes publicações que o autor realizou no Instagram.
"O amor não vence tudo. Muitas vezes, não vence nada. Não vence a primeira discussão séria sobre dinheiro, o primeiro jantar onde o silêncio pesa mais do que a comida. As diferenças corroem. Pequenos detalhes, gestos, hábitos que no início pareciam insignificantes, tornam-se intoleráveis", continuou o escritor.
"Ele dorme com a janela aberta; ela não suporta o frio. Ela ama viajar; ele detesta aviões. Ele quer filhos; ela quer liberdade. Aos poucos, as coisas que uniam passam a ser menos do que as que afastam", descreveu Pedro Chagas Freitas.
"Nem todos os amores merecem a sobrevivência. Nem todos valem o esforço, a humilhação, a insistência vazia. Há amores que morrem porque devem morrer. Foram uma ilusão conveniente, um desejo disfarçado de sentimento, um reflexo de solidão - e não de paixão", avaliou o autor de A Raridade das Coisas Banais.
"Se alguns amores acabam, outros podem começar. Alguns, só alguns, merecem realmente durar", concluiu Pedro Chagas Freitas.