Rosa Mota "encontra-se em situação estável após a cirurgia a que foi submetida no Hospital de Santo António, no Porto". A garantida foi dada, na terça-feira, dia 11, pela Federação Portuguesa de Atletismo (FPA).
No Instagram, Pedro Chagas Freitas não se mostrou indiferente à notícia do internamento de Rosa Mota e partilhou um texto dedicado à antiga campeã olímpica, recordado que também ele viveu momentos marcantes no Hospital de Santo António.
"Conheço bem aquele espaço. Poucos dias antes de morrer, o meu pai esteve lá. Sei o ar que se respira num espaço destes: rarefeito, pesado, carregado de silêncios. O medo instala-se como um pó invisível que cobre tudo, que não passa. Que se entranha na pele, na alma", começou por confessar o escritor.
"Ali, o tempo é outro. Não há futuro, não há planos. Há a urgência do agora, a respiração que se mede a cada segundo. A esperança que se agarra ao que pode", descreveu Pedro Chagas Freitas.
"Agora, ali, está a Rosa. A mulher, sempre com cara de menina, que correu até onde poucos chegam. A que fez do impossível uma linha de partida. A super-atleta - que agora corre a maratona absoluta. A que todos temos de correr um dia, a que ninguém treina. A que exige tudo", continuou o escritor, antes de enviar uma mensagem de apoio à atleta de 66 anos: "Que tenha força. Que tenha fôlego. Que a meta dela ainda esteja longe. Se há alguém que sabe o que é resistir, lutar, seguir apesar do cansaço, apesar da dor, é ela. Força, Rosa. Que a corrida continue."