No Instagram

Pedro Chagas Freitas atualiza estado de saúde do filho: "Enganamo-nos quando pensamos que sabemos tudo"

O escritor Pedro Chagas Freitas partilhou, no Instagram, uma novidade sobre o estado de saúde do filho, Benjamim.

"Hoje [terça-feira, dia 9], foi um bom dia. Já sorriste, já quiseste mais (da) vida. Basta isso para sermos os três palermas mais felizes do hospital inteiro", começou por contar Pedro Chagas Freitas, atualizando, assim, o estado de saúde do filho, Benjamim, de seis anos.

"Contigo, aprendo todos os dias a desaprender. É o mais difícil desta vida, sabes? Temos todos os nossos alicerces sobre tantas mentiras, tantas verdades que nos venderam como intocáveis, tantas premissas que pensámos sempre que teríamos de cumprir. O meu pai (amo tanto o meu pai, este 2024 é uma m****, uma m****) dizia tantas vezes que 'muito se engana quem pensa', e é mesmo assim. Enganamo-nos quando pensamos que sabemos tudo, que aquilo é o que é e nada mais, quando as coisas, o mundo, as emoções, são muito mais do que aquilo que são, as coisas, o que nos acontece, têm tantas peles, tantas formas de serem olhadas, de serem sentidas, consumidas. Muitas vezes, é ao contrário: as coisas são tudo menos aquilo que são, são o que não são, o que não foram capazes de ser", confessou o escritor.

De seguida, Pedro Chagas Freitas continuou: "Contigo, dizia-te, aprendo todos os dias a desaprender. Obrigaste-me a ver diferente, a ver-me diferente. Obrigaste-me a reformular tanto em mim, no que queria para mim, no que me fazia feliz, no que seria a minha vida de sonho. Andei tão enganado tanto tempo, andei a enganar os outros com o meu engano tanto tempo. Estamos muito enganados quando não sabemos o que somos, porque somos. Custa muito desaprender. Começar de novo. Reinventar, reformular, fazer reset. É mais fácil persistir, insistir, magoar, ser magoado, ficar preso a uma pessoa que já fomos, que pensamos que temos de continuar a ser. Custa muito deixar ir o que na verdade nunca fomos. O melhor da vida são as ressurreições que ela nos dá. A mudança é sinónimo de inteligência, e de vida, no limite. Não são os burros que não mudam; são os mortos."

"Viver-te, em tudo o que nos trazes, é a vida em carne viva, na pele, no músculo, até ao osso. Ensinaste-me a desaprender a minha vida para poder sobreviver. Só resiste à vida quem aprende e desaprende com ela em doses iguais, na mesma medida. Contigo, aprendo todos os dias a desaprender, e tenho a certeza de que quanto mais sei, menos controlo, e mais amo", rematou o escritor.

 

Relacionados