No passado fim de semana, Herman José sofreu um acidente aparatoso e teve de receber assistência hospitalar, mas mesmo assim deu um espectáculo numa cadeira de rodas.
A propósito desta situação, Pedro Chagas Freitas fez uma reflexão no Instagram e elogiou o profissionalismo do humorista: "Caiu. Fraturou um ombro, rasgou um tendão de Aquiles, partiu-se. Depois, entrou em palco. Com dores, com remendos. O palco não é um lugar; é uma decisão. Herman José caiu no camarim e levantou-se no riso. A metáfora inteira está aí: a vida pode lixar-nos por todos os lados, mas o humor é o último órgão a morrer."
"Levamos porrada de todos os lados: da vida, do tempo, das contas, dos diagnósticos, das más notícias às nove da manhã. A diferença está em quem ainda consegue, estilhaçado, dar o passo em frente, pisar o palco, contar uma anedota, fazer o mundo rir. Acredito mais num homem que se ri partido do que num guru que prega de pé. A comédia é o antídoto. O último reduto de humanidade. Quando rimos, por um segundo, ninguém está acima de ninguém. O riso nivela tudo. É por isso que os poderosos têm tanto medo dele", considerou o escritor.
"Aguentamo-nos quando conseguimos dizer: 'Podes dar cabo de mim; não dás cabo do riso.' Se não nos deram cabo do riso, não nos deram cabo de nada. O riso pode muito bem ser a coisa mais séria de todas as coisas do mundo. Obrigado, Herman. E as melhoras", rematou Pedro Chagas Freitas.