Entrevistas

Astrólogo Paulo Cardoso confessa: "Já não consigo dar mais consultas"

Em declarações exclusivas à SELFIE, Paulo Cardoso confessou que já não consegue dar mais consultas e que está focado em dar aulas, apesar de ainda ter uma outra grande paixão: a Pintura.

O renomado astrólogo Paulo Cardoso deu mais de vinte mil consultas de Astrologia ao longo de toda a carreira, mas tem duas outras grandes paixões: pintar e dar aulas.

"Sinto uma espécie de dívida para com o destino. Sinto-me um privilegiado, porque fiz aquilo de que gostava ao longo de toda a vida", começou por afirmar.

Sobre a Pintura, Paulo Cardoso não escondeu alguma mágoa: "Há uma coisa que eu não fiz tanto quanto gostava, que tem a ver com pintura, porque, infelizmente, quando a pessoa é muito conhecida numa área, parece que não pode fazer mais nada, porque as pessoas rotulam aquela atividade. Tenho imensa pena que assim seja, porque gosto muito de pintar, de fazer cenografia, de escrever, gosto tanto como de fazer Astrologia. Portanto, é uma pena que o pintor Paulo Cardoso não tenha nem uma pálida percentagem das repercussões do meu lado astrólogo, mesmo tendo um site e uma página de Instagram próprios. Gosto tanto de pintar, dá-me tanto prazer. Tenho imensa pena de não ter tido a oportunidade de mostrar mais aquilo que faço no que toca à pintura. Para mim, pintura é só prazer, um prazer imenso."

Fazendo um paralelismo entre a Pintura e a Astrologia, Paulo Cardoso frisou: "A astrologia não é só prazer. Houve experiências aterradoras, quando falei com pessoas que estavam num estado de desistir da vida, de desistir de tudo... acompanhei momentos de angústia e de sofrimento, de dramas brutais na vida das pessoas, e, portanto, as experiências astrológicas que tive tanto foram maravilhosas, mas dolorosíssimas."

"Quando, antes, dava consultas de Astrologia, depois, ao fim do dia, ia para o meu atelier pintar e era quando sentia a liberdade, o espaço, o retornar a mim próprio, o voltar centrar-me. Era o gozo e o prazer de mexer nas tintas, de preparar as tintas, etc. Quando estava a dar uma consulta, esquecia-me de mim, vivia o drama da pessoa, a sensibilidade... a minha vivência era a vivência da pessoa, os traumas eram os traumas da pessoa, esquecia-me de mim, mergulhava quase dentro do espírito da pessoa que estava ao meu lado ou à minha frente", recordou.

A par da Pintura, Paulo Cardoso tem hoje uma outra grande paixão: "Dar aulas é a minha grande vocação atual. Já não consigo dar mais consultas. Dei vinte e tal mil consultas, foram experiências, às vezes, aterradoras, outras vezes foram maravilhosas, mas foram centenas, se não milhares de pessoas de quem fiquei muito próximo, quase amigo. Foram experiências tão fortes, tão poderosas... do melhor ao pior, das pessoas mais civilizadas e mais cultas até aos criminosos e assassinos, violadores, pessoas que foram violadas, etc. Houve casos horríveis que me tocaram e que me fizeram estremecer completamente. Ora bem, com tantos casos, com tanta experiência adquirida, tinha quase a obrigação de poder fazer uma escola, de explicar isto tudo, de escrever, de dar aulas. E, por isso, neste momento, estou a dar aulas, que é, no fundo, ensinar aquilo que aprendi quase em cinquenta anos de prática. O curso tem dois ou três anos, no máximo, e as pessoas ficam praticamente a saber aquilo que aprendi durante dezenas de anos. Portanto, no fundo, é a minha obrigação. Gostei tanto de aprender, aprendi tanto com a Astrologia, gostei tanto de ter descoberto a Astrologia, que o mínimo que posso fazer é explicar, ensinar e provar às próximas gerações aquilo que aprendi, justamente para que esta aprendizagem, às vezes dolorosa, não se perca."

A propósito das aulas, o astrólogo lançou um desafio aos leitores e seguidores da SELFIE: "Se quiserem assistir a uma aula minha, contactem-me através do Instagram para poderem assistir a uma aula, convidados por mim, para verem como funciona a Astrologia."

Para os mais céticos em relação à Astrologia, Paulo Cardoso deixou uma mensagem: "Quando uma pessoa está reticente em relação à Astrologia terá naturalmente um tempo para poder aderir e acreditar. Portanto, não vale a pena forçar. Eu era completamente cético, adorava e adoro Química, Física e Física Nuclear, Estatística. O meu signo, que é Virgem, é um dos signos mais céticos do Zoodíaco. Gosto de coisas rigorosas, Matemática, etc. Portanto, só acreditei na Astrologia depois de várias circunstâncias que me obrigaram a olhar para a Astrologia de outra maneira. Foram vários acontecimentos. Um deles teve a ver com uma amiga minha que fez o AstroFlash em Paris e trouxe-me aquilo escrito a milhares de quilómetros de Lisboa. Quando recebi aquilo, disse: 'Não é possível, como é que está aqui escrito aquilo que eu sou?' Aquilo deu-me a volta à cabeça. Depois, mais tarde, comecei a fazer o meu horóscopo e comecei a ver que sou exatamente aquilo que está no meu horóscopo. Na altura, pensei: 'Como é que é possível? Eu pensava que era dono de mim próprio, que era eu que tinha os cordelinhos da minha vida, mas, afinal, não é nada disto!' Continuei a fazer dezenas e dezenas de vezes e a resistir, até que, a certa altura disse para mim mesmo: 'O melhor é acreditar, é fazer, e fazer até se calhar disto de profissão. Foi isso que mudou completamente a minha vida."

Saiba tudo sobre as previsões de Paulo Cardoso para este ano no livro Astrologia 2025.

 

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