Entrevistas

Olívia Ortiz vive "experiência transformadora" fora de Portugal: saiba tudo!

Em entrevista à SELFIE, Olívia Ortiz falou sobre a experiência que viveu, recentemente, em São Tomé e Príncipe, em África.

No passado mês de janeiro, esteve em São Tomé e Príncipe a fazer voluntariado. Já tinha feito alguma vez?
Desta forma, não. Projetos de voluntariado com esta continuidade e fora do país, não tinha. Foi realmente uma experiência transformadora. Fui, portanto, um pouco mais de um mês para São Tomé e Príncipe, estive a fazer acompanhamento ao estudo e a dar aulas a crianças entre a segunda classe e o 12º. ano. Foi muito desafiante, mais do que previa antes de ir.

Então?
A minha ideia inicial era que iria incidir mais nos aspetos sociais e comportamentais. Que iria tentar criar algumas atividades lúdicas e, no fundo, acabei por ter de reavivar a memória das matérias que estudei. Terminei o meu 12.º há mais de 20 anos [risos]. De repente, estar a rever matérias de biologia, química, matemática... Foi muito desafiante, mas, ao mesmo tempo, gratificante, porque se percebe que conseguimos criar algum impacto positivo, ajudar aquelas crianças. Sentir que se fez a diferença, foi muito bom.

Quantas crianças eram?
Muitas! Estive em três locais diferentes, três grupos diferentes. Estive na Roça Agostinho Neto, no espaço Kêlê, estive no atl das Irmãs Franciscanas e estive no Lar das Cotovias. No atl, por períodos da manhã e tarde, talvez entre 40 a 60 crianças por período. No Lar, 15 a 20 meninas e, na Roça, talvez 50. Ou seja, muitas crianças mesmo!

Afeiçoou-se a alguma criança em específico?
É muito difícil não nos afeiçoarmos, por muito que se leve uma "capa" vestida. É muito, muito difícil. O que se vive ali, todos os dias, de manhã à noite, é amor e generosidade.

O que é que mais a marcou?
Diria que uma das coisas que mais me marcou foi ir a passar nas ruas, fora deste ambiente escolar, e as pessoas gritarem pelo meio nome. De repente, toda a gente me conhecia na comunidade. Olhava e via pessoas a acenar, com quem ainda nem tinha falado. Pais e familiares das crianças com quem estava a trabalhar. Acho que o voluntariado ali é impactante na sociedade. Essa ajuda é muito necessária. E, depois, a outra parte boa era as crianças passarem por mim e virem a correr para o meu colo.

Em que condições ficou hospedada?
Já sabia para o que ia, não ia para ficar num hotel. Havia uma casa de voluntários, que continha um anexo. Eu, por acaso, fiquei no anexo. Éramos oito portugueses e eu e a minha colega de quarto ficámos, então, nesse anexo. Muitas vezes, tínhamos de ir buscar água à fonte. Só se podia usar uma sanita. Por exemplo, uma das coisas que recordo ter sido mais impactante, foi o facto de o meu colchão ser de espuma e muito fininho. Comecei a ficar com nódoas negras na pele, por sentir o estrado. Mas nada disso belisca a experiência e é um país lindíssimo e riquíssimo. Aos fins de semana, aproveitava para tentar conhecer a ilha ao máximo.

Gostaria de voltar?
Adoraria! Mantenho contacto com alguns dos alunos, através do WhatsApp e das redes sociais.

Os alunos descobriram que é apresentadora e atriz?
Descobriram! Eu não disse, mas descobriram [risos]. Depois, já me pediam para ver algumas coisas das novelas e, por causa disso, um grupo de alunas desafiou-me a ensinar-lhes coisas sobre a área da televisão. Depois dos momentos de estudo, acabámos por criar algumas atividades. Como desfilar, como apresentar um programa de televisão. Fiz algumas atividades nas quais elas simularam a apresentação do "Big Brother". Foi tão giro! Foi lindo, lindo, lindo!

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