Foi ao início da manhã desta segunda-feira, dia 14, que a CNN Portugal noticiou que um homem de 31 anos tinha sido detido, em Sesimbra, após ter tentado matar o filho de cinco anos. De acordo com a informação inicialmente divulgada, a criança teria sido obrigada a ingerir combustível e medicação. Mais tarde foi revelada a identidade do homem: Nuno da Silva, ex-concorrente do "Love on Top", que teria confessado o crime num café, antes de fugir e ser detido pela GNR.
Esta terça-feira, dia 15, o tema foi debatido no programa "V+ Crime", do canal V+, e Albino Gomes, consultor forense, confirmou que a criança de cinco anos já teve alta, informação que já tinha sido divulgada por Cynthia Noriega, mulher de Nuno da Silva, através de um comunicado no Instagram: "Apenas para confirmar que o Noah está bem, já foi analisado e tratado no hospital e já estamos em casa."
"A criança está em casa, sob vigilância médica, até para perceber se há alguma sintomatologia que possa aparecer mais tarde", frisou Albino Gomes, explicando o enquadramento em que tudo terá acontecido que contraria a versão inicialmente noticiada: "Não houve ingestão de gasolina. (...) Houve a utilização de um pano com uma substância que, inicialmente, se ficou na dúvida se seria combustível ou outra substância de éter e que teria levado a criança a ficar inconsciente. Em relação à ingestão de medicamentos, a equipa médica fez a recolha de urina e de sangue para análise toxicológica e esses resultados preliminares são negativos. No entanto, há outros resultados que têm de ir para a Medicina Legal para ser feita a validação de outro tipo de medicação sobre a qual não foi feita a análise no hospital."
"Dado o facto de esta criança estar assintomática, isto é não ter qualquer sintoma nem do aparelho digestivo, nem do aparelho respiratório, aquilo que se acha é que não houve ingestão de combustível nenhum, que não houve asfixia - porque não há marcas no pescoço - e posso dizer, aqui em primeira mão, que a perícia legal que, no início, era urgente para esta criança passou a não urgente e vai ser realizada, provavelmente, amanhã. (...) Percebeu-se que a gravidade inicial, inicialmente transmitida, não era aquela", afirmou o consultor forense, frisando: "Este indivíduo tem de ser avaliado do ponto de vista psiquiátrico, para uma perícia médico-legal para perceber se existe uma patologia. Não é considerado inimputável, porque o seu comportamento não o indica nesse sentido."
"Se for decretada prisão preventiva, tem que haver uma monitorização da avaliação de risco de suicídio, porque, se este indivíduo estiver, de facto, instável do ponto de vista emocional, há risco de ele cometer suicídio dentro do estabelecimento prisional", rematou Albino Gomes.
Veja o programa "V+ Crime", de 15 de outubro, no TVI Player.