Foi ao início da manhã desta segunda-feira, dia 14, que a CNN Portugal noticiou que um homem de 31 anos tinha sido detido, em Sesimbra, após ter tentado matar o filho de cinco anos. De acordo com a informação inicialmente divulgada, a criança teria sido obrigada a ingerir combustível e medicação. Mais tarde foi revelada a identidade do homem: Nuno da Silva, ex-concorrente do "Love on Top", que teria confessado o crime num café, antes de fugir e ser detido pela GNR.
O tema foi também abordado na edição desta terça-feira, dia 15, do programa "Dois às 10", e Joana Amaral Dias começou por endereçar algumas palavras à criança: "O filicídio é um dos crimes mais hediondos."
"Como psicóloga clínica, tenho dúvidas que esta tenha sido a primeira agressão. Primeira e única aos seus filhos", afirmou Joana Amaral Dias, que frisou: "[É impossível] Tentar encontrar aqui alguma congruência ou consistência em qualquer ato, desde o texto nas redes sociais, o entregar-se e depois fugir, a própria atitude ou o ato."
"Independentemente da veracidade ou não do relato que ele faz nas redes sociais - que é dantesco, da ordem dos infernos -, a verdade é que uma agressão deste género, com este nível de violência, quando se tem duas crianças em casa há anos, duvido muito que seja a primeira agressão", salientou, ainda, a psicóloga, reforçando que tal "exige uma investigação sólida para os anos anteriores".
"O que as pessoas querem agora saber é se é mau ou é louco. Claro que as coisas não são assim preto ou branco. (...) A olho nu, antes de haver uma peritagem, é perceber se existe um móbil do crime. (...) Neste caso, de acordo com a informação que temos, o que parece é uma coisa tresloucada, uma coisa estapafúrdia, sem pés nem cabeça", continuou Joana Amaral Dias, realçando: "Não estou a dizer que o relato dele seja verídico. Há ali coisas que me parecem um pouco exóticas ou escanifobéticas demais para serem rigorosas, mas que há, obviamente, aqui uma descompensação psicológica. O que quero dizer é que não tem de ser inimputável."2
Mais tarde, após ouvir os colegas de painel, Joana Amaral Dias afirmou: "Para mim, nós temos aqui um epílogo, porque, finalmente, esta criança - que felizmente escapou - vai ser retirada das garras do pai. Eu olho assim, por defeito profissional, porque, para mim, existiram agressões anteriores. (...) Uma coisa é certa, este homem nunca mais vai poder exercer a parentalidade, porque, independentemente de tudo, estamos a falar de uma pessoa ultra perigosa para os seus."
Veja, agora, o vídeo com as declarações de Joana Amaral Dias, acerca do caso da alegada tentativa de homicídio do filho de cinco anos por Nuno da Silva.