"Mulheres, às Armas" é a nova série da TVI e resulta de uma ideia de Cristina Ferreira: colocar em evidência o papel da mulher na Guerra Colonial. Filipa Martins é a autora e Patrícia Sequeira a realizadora.
"Escolhi as duas quando tive a ideia. E eu só tive a ideia. O trabalho é todo delas. Disse-lhes: 'Quero que se conte o lado feminino da guerra, porque eles foram e elas ficaram'. E são as mulheres que ficaram que estão retratadas nesta série. De repente, a Patrícia e a Filipa tinham exatamente as mesmas memórias do que eu. As minhas eram muito presentes, porque o homem da família que foi à guerra foi o meu pai", contou a Diretora de Entretenimento e Ficção da TVI, esta quinta-feira, dia 27, na apresentação à imprensa de "Mulheres, às Armas".
De seguida, Cristina Ferreira abriu o coração e falou sobre as vivências da respetiva família. "A história que me foi contada desde sempre foi a de a minha avó paterna ter usado luto desde o dia em que foi embora. Ele era o filho mais novo e foi o único que foi à guerra. A minha mãe ainda era só namorada dela e a minha avó foi buscá-la para viver com ela e as duas, juntas, viverem a ausência do meu pai. Isto foi-me contado vezes sem conta, além das cartas que a minha mãe guardou numa gaveta, que eu li sem ela saber", recordou, em declarações aos jornalistas.
A apresentadora disse ainda que "o pai tem uma memória muito feliz da guerra". "Nem toda a gente tem. Como era mecânico, o meu pai não foi para a frente de combate. Acho que ele tem a camaradagem como memória da guerra", opinou, contrapondo: "Ou então tem muita coisa guardada e que nunca contou". "Mesmo as fotografias todas que estavam ao lados das cartas eram fotografias felizes", referiu.
A responsável da estação de Queluz de Baixo explicou que, em "Mulheres, às Armas", vai ser passada ao público "alguma dor, porque ela existiu, mas acima de tudo as emoções". "Já toda a gente conhece os factos históricos e o que aconteceu. Quero que se vivam os sentimentos de quem ficou cá. Da dor, da carta que nunca mais chegava, da luta que começou a travar-se...", elencou Cristina Ferreira.
"As gerações mais velhas vão reconhecer tudo o que ali está. As mais novas, se calhar, vão perceber aquilo que realmente se viveu, porque acho que é através da emoção e do sentimento que conseguimos passar isso", rematou a Diretora de Entretenimento e Ficção da TVI.
A série tem Victoria Guerra, Sara Carinhas, Madalena Almeida e Sílvia Chiola nos papéis principais. José Condessa, Dalila Carmo e Fernanda Serrano fazem participações especiais nesta produção da Santa Rita Filmes.
Joana Botelho, João Lagarto, Rodrigo Tomás, Sílvia Filipe, Ana Brito e Cunha, João Pedro Vaz, Paulo Calatré, Inês Rosado, Rita Rocha Silva, Joana Campelo, Nuno Nolasco, António Durães, João Nunes Monteiro, Cláudia Jardim, Pedro Almendra, Pedro Granger, Bibi Perestrelo, Clara Riedenstein, Salvador Biernat, Luísa Bacalhau, Telmo Mendes, Hugo Nicolau, Sérgio Coragem, Gonçalo Oliveira, Cleo Diára, Isa Rodrigues, Alves Silva, Rita Carolina Silva, Rui Oliveira, Linda Valadas e Hugo Olim completam o elenco de "Mulheres, às Armas".
A estreia está marcada para 11 de abril e a transmissão do segundo e do terceiro episódios agendada para o dia seguinte.
Veja, agora, na galeria que preparámos para si, as melhores imagens da estreia de "Mulheres, às Armas".