Na passada quinta-feira, dia 24, Mariana Rios abriu o coração na página de Instagram sobre a luta para se tornar mãe. A atriz, de 39 anos, sofreu um aborto espontâneo há cinco anos e, entretanto, optou pelo congelamento de óvulos e pela fertilização in vitro. Contudo, Mariana Rios relata que está com dificuldade em coletar os embriões.
"Oi, pessoal. Bom, vou tentar resumir para vocês o que está a acontecer comigo ao longo desses últimos dois anos. Como a maioria de vocês já sabe, estou imersa no desejo de me tornar mãe, de engravidar e juro para vocês que lá atrás, quando decidi olhar para esse ponto com mais carinho, para esse sonho, tinha certeza absoluta de que a jornada seria muito mais simples”, começou por admitir, já que, segundo a própria, é "uma pessoa saudável e sem vícios". "Foi aí que através de um exame, descobri que para ter filho de forma natural, no meu caso, não seria tão simples ou de repente nem aconteceria”, acrescentou.
"A minha opção seria congelar os meus óvulos para depois formar os embriões e então fazer uma fertilização in vitro. E aí depois disso veio outra certeza. Tenho um stock ótimo de óvulos, então achei que, logo à primeira, iria conseguir coletar e congelar vários. Engano meu", lamentou entretanto.
Mariana Rios contou que, na primeira tentativa, esteve 12 dias a aplicar injeções de hormonas na barriga: "Com a parte emocional comprometida, o corpo bem inchado, porque foi assim que o meu organismo respondeu às medicações, para, no final, logo depois de sair da sedação na clínica, receber a notícia de que dos 12 óvulos esperados para serem congelados, apenas um era bom, que teríamos que repetir tudo outra vez."
"Mudei de médico, fiquei mais ansiosa ainda, a precisar de olhar bastante para essa parte emocional e a partir dali foram várias e várias coletas, tentando conseguir o maior número de óvulos saudáveis, pois a gente já sabia que essa minha reserva estava com os dias contados. Mas recomeçamos, porque queremos muito, muito realizar aquilo", recordou.
"Mais algumas tentativas que te obrigam a mudar de hábitos, de rotina, te trazem insegurança, porque, sim, considero-me uma mulher forte, segura, mas que às vezes se torna uma menina a parecisar de colo e é normal. Enfim, após o número bom de óvulos, partimos para formação dos embriões”, continuou, antes de acrescentar: "A gente recebeu uma notícia maravilhosa: depois de um longo processo, com um resultado incrível, conseguimos nove embriões formados. Muita felicidade, vibrando de alegria e a certeza de que agora sim iria dar certo. E essa alegria imensa desabou quando o médico nos trouxe a notícia de que nenhum dos nove embriões era bom. Eles não se desenvolveram como precisariam, ou seja, tudo que tinha feito até agora, todas as coletas, todas as injeções, todo o processo, para que chegasse até aqui, foi para o lixo. Volto à estaca zero. E aí vem a vida e pergunta-te: 'Aceitas juntar os caquinhos e recomeçar?'"
"Nesse momento, tinha dois caminhos. Não quero mais passar por isso, jogo a toalha. Ou, sim, aceito o recomeço. E o que é recomeçar? Esquecer? Jamais! Questionar? Para quê? É compreender, não para esquecer, mas para ser capaz de lembrar sem sofrer", refletiu ainda.
“Lembro-me que, contando agora para o meu pai, para a minha mãe, o meu pai fez-me uma pergunta, ele perguntou se eu ia tentar outra vez, e eu respondi que sim. E aí ele falou. 'Porque você quer. Porque se você não quiser, se achar que é hora de parar, está tudo bem, Mariana. A decisão precisa de ser sua.' Isso aliviou-me tanto que acho que ele nem sabe. Trouxe-me uma força para o momento em que eu estava triste, em que eu estava mal. E mesmo assim a gente questiona-se. 'Será que vai dar certo?' E o que é esse vai dar certo? É você alcançar o que tanto deseja. E quantas pessoas que desbravam voos maiores e mesmo assim se sentem tristes, infelizes? Quantas vezes eu, Mariana, imaginei-me a chegar ao topo de onde eu queria e no exato momento da chegada da conquista, pude perceber que aquilo não me preencheu como eu imaginava?", recordou.
"Só que uma coisa é certa, o exercício da paciência por toda essa espera desenhou quem eu sou hoje. A forma como consigo gerir as minhas emoções entre tantas oscilações faz com que eu me orgulhe dessa mulher que estou a construir tijolinho por tijolinho na busca por ser um ser humano melhor. O que que a vida tem para me mostrar?", completou.
Num outro vídeo, Mariana Rios mostra-se em lágrimas e assume: "Eu esperava, do fundo do meu coração, começar a quinta temporada do meu documentário no 'Basta Sentir Maternidade' com uma notícia feliz. Para tudo aquilo que foge ao nosso entendimento existe apenas uma palavra: aceitação! E é com ela que sigo agora!"