Júlia Pinheiro recebeu Liliana Almeida, no programa "Júlia", da SIC, que foi para o ar na passada segunda-feira, dia 9.
A cantora falou sobre o retiro que fez, recentemente, de quatro meses, sobre a separação de Bruno de Carvalho e sobre a mudança da respetiva vida.
"Sentia ansiedade, muita ansiedade. Ficamos paralisados, completamente. E eu sentia-me assim. Sentia também que não tinha amor próprio nenhum. A dada altura, com tanta coisa, deixei de me amar, completamente. Sentia isso. Não gostava do que via ao espelho, era assustador para mim olhar-me ao espelho. Não tinha que ver com beleza exterior, tinha que ver com qualquer coisa que faltava em mim, de amor. E amor, para mim, é muito mais do que uma relação. É o amor que eu consigo dar aos outros e eu não conseguia fazer isso. Não tinha empatia por nada", começou por dizer a ex-mulher do antigo presidente do Sporting.
"Sabe o que senti, na última vez que falei consigo? Parecia que tinham desligado a luz", comentou a apresentadora.
"Exatamente. Podemos ver por aí. Acho que a exposição toda que eu tive, não expôs efetivamente aquilo que eu sou. Fez-me muita confusão. Pensava: 'Então, as pessoas sabem mais de mim do que eu?'. Comecei a questionar-me muito. Não culpo ninguém, que fique aqui claro. Não culpo rigorosamente ninguém de tudo isto, porque começa sempre em mim. Havia coisas em mim que eu precisava de revisitar, de pôr no respetivo lugar. Acho que, hoje, consegui arrumar as coisas no seu lugar. Aceito-me como sou, sei mais daquilo que sou e não quero mais a validação de ninguém. Estava sempre à procura da validação dos outros, o aplauso e queria sempre agradar os outros. Isso não me levava a lugares bonitos de mim mesma. 'Desta vez, não agradei bem'. Era uma luta insana, um lugar muito difícil de se estar", continuou Liliana Almeida.
"Voltei a reconhecer o que já existia em mim, mas com verdade. Fui à busca disso, através de práticas que sempre gostei e terapias como a ajuda de um psicólogo", confidenciou a artista.
"Esteve em perigo?", perguntou Júlia Pinheiro.
"Digamos que sim. De mim, para mim", respondeu Liliana Almeida, falando sobre a respetiva saúde mental. "Tudo isto me levou a Deus, que eu já não acreditava. No retiro, percebi que já não tinha fé, nem esperança. Quando voltou, foi um momento mágico", rematou.