Nos últimos tempos, Kanye West tem estado no centro da polémica. Atento à atualidade, Pedro Chagas Freitas decidiu deixar uma reflexão sobre o recente comportamento do cantor, de 47 anos.
"Kanye West assumiu-se nazi. Adorador de Hitler. Gordofóbico. Disse odiar todas as pessoas. Assumiu, sem hesitação, que tem poder sobre as suas mulheres, que as domina, que o papel delas é servi-lo. Disse-o porque pode. A liberdade de expressão permite que qualquer idiota diga o que lhe apetece. Ironicamente, exalta regimes em que essa mesma liberdade não existe. Em que ele próprio já teria sido silenciado. Arrumado, aniquilado. Até onde vai a liberdade de expressão? Onde termina o direito de dizer e começa a responsabilidade pelo que se diz?", começou por questionar o escritor.
"Alguém que incita ao mal pelo mal, que usa a palavra como arma para desumanizar, está a exercer a respetiva liberdade ou a destruir a própria origem dessa liberdade? É um dos dilemas do século: quanto vale a verdade? Acreditávamos que os factos tinham peso, que a razão triunfava sobre o absurdo. Hoje, os factos estão obsoletos. O que conta é o choque, o escândalo, a narrativa que encaixa melhor na indignação do momento. A liberdade dá-nos o direito de falar", acrescentou Pedro Chagas Freitas.
"O que acontece quando a usamos para justificar o pior da humanidade? O que acontece quando um homem que se diz artista transforma o ódio num espetáculo? Aplaudimos? Dizemos que é só 'mais uma opinião'? A civilização não se construiu no ódio. Mas pode ruir com ele", completou.
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