Entrevistas

Júlia Pinheiro: "Instalou-se em mim uma revolução psicológica assustadora"

Júlia Pinheiro falou sobre a forma como a menopausa afetou a vida da apresentadora.

Júlia Pinheiro foi uma das figuras públicas presentes na conferência "Não fica bem falar de… Menopausa", que decorreu na quarta-feira, dia 26, no Teatro Tivoli, em Lisboa, e que contou com a presença da atriz brasileira Cláudia Raia.

A apresentadora, de 61 anos, referiu que está em menopausa há dez anos, mas que os últimos tempos não foram nada fáceis: "Há dois e meio sofri um afundanço, um colapso muito mais mental do que físico, que começou primeiro com uma perturbação de sono terrível. Deixei de dormir, de um dia para o outro. Instalou-se em mim uma revolução psicológica assustadora, com perdas de memória."

De seguida, Júlia Pinheiro assumiu: "Estava constantemente insegura, tive situações profissionais em que estava aterrada, mas nunca deixei de trabalhar, nem disse nada a ninguém… Achei que estava a entrar num processo de saúde mental complexo, pensava que vinha aí uma depressão fortíssima… Fiquei muito afetada, não estou a brincar. Eu fiquei numa situação em que provavelmente tinha de meter baixa e ir para casa, porque não conseguia corresponder àquilo que me era exigido, tanto profissionalmente, como doméstico."

"Cheguei a estar sentada no programa de TV, no ar e não conseguia ler o texto, ver as letras. Não era o teleponto, era a cabeça", explicou o rosto das tardes da SIC, acrescentando: "A palavra que levo daqui é medo."

Júlia Pinheiro considerou, também, que foi acompanhada pela equipa médica. "Os médicos não me ajudavam, eu continuava cada vez mais triste, mais frágil" e foi então que recebeu um conselho importante de Liliana Campos, também apresentadora, e procurou alternativas.

"Acabando-se a idade reprodutiva, já não damos bebés à nação, portanto, é um 'aguentem-se'. Fico zangada", afirmou Júlia Pinheiro, que foi aplaudida pela plateia lotada.

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