A greve dos funcionários judiciais levou, esta terça-feira, dia 7, ao adiamento do interrogatório no tribunal de Sintra da figura do jet set José Castelo Branco, que foi detido por suspeitas de violência doméstica contra a mulher, Betty Grafstein.
"Perante a greve de todos os funcionários do Juízo de Instrução Criminal de Sintra, sem que tenham sido decretados serviços mínimos, o Ministério Público irá apresentar o processo para distribuição amanhã de manhã e, entretanto, o arguido já recolheu ao posto da GNR", disse à Lusa fonte do tribunal de Sintra.
A mesma fonte salientou não ser um dado adquirido que o interrogatório se realize na quarta-feira, uma vez mais pela greve dos oficiais de justiça: "Amanhã de manhã, pode voltar a acontecer o mesmo, pois estão em vigor avisos de greve. Só na quinta-feira de manhã haverá a certeza de se realizar o interrogatório".
José Castelo Branco foi detido, esta manhã, pela Guarda Nacional Republicana (GNR) e deveria ter sido ainda esta terça-feira presente a juiz de instrução.
Na semana passada, o Ministério Público (MP) abriu uma investigação sobre alegados crimes de violência doméstica contra a figura do jet set Betty Grafstein por parte do marido, José Castelo Branco.
"Confirma-se a receção da denúncia aludida. A mesma deu origem a inquérito que se encontra em investigação na Secção Integrada de Violência Doméstica de Sintra, do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Lisboa", referiu a PGR, na altura.
De acordo com várias notícias, a denúncia deste crime público foi enviada ao MP por profissionais médicos do Hospital CUF de Cascais, onde a norte-americana Betty Grafstein, de 95 anos, se encontra internada há cerca de duas semanas com uma fratura no fémur e ferimentos no braço esquerdo, tendo sido a própria a contar os incidentes aos profissionais de saúde, alegando que o marido a teria empurrado.
Entretanto, José Castelo Branco já veio negar qualquer agressão e dizer que as denúncias de violência doméstica contra a mulher, com quem está casado há quase 30 anos, "são ridículas".