Os casos abordados no programa "A Sentença", da TVI, não são reais. No entanto, o público deixa-se levar como se fossem.
"Para nós, isso nunca foi uma questão. Nunca escondemos, de todo! Acho que já faz parte, e ainda bem que assim o é, do exercício do espectador que, de repente, se deixa levar por aquela narrativa", começou por dizer, recentemente, João Patrício, em conversa com a imprensa.
"Tenho a perfeita consciência de que estou ali a falar com pessoas que não viveram aquelas circunstâncias, mas que as defendem porque há aqui um trabalho artístico, até, da Catarina Siqueira, como diretora de atores, que é absolutamente providencial para o sucesso disto. Esse exercício faz com que os litigantes vão para ali defender, de facto, aquilo. Eles passam a acreditar nessa narrativa e eu próprio também entro nesse enredo e é a única forma de, alguma maneira, também levar aquele exercício ao extremo. Também passa por aí o sucesso deste programa", continuou.
"A componente verdade que aquele programa tem, que está nos cidadãos presentes em audiência, no grupo de jurados que compõe o nosso júri residente, que são pessoas como nós, que olham para os casos e têm acesso a eles ali, in loco, pela primeira vez, é fundamental", rematou o apresentador do formato.