Chama-se Brihnz e marca a estreia de Inês Morais no mundo dos negócios. Neste domingo, dia 29, a vencedora do "Big Brother 2024" e de "Secret Story - Desafio Final" apresenta a primeira coleção da marca de roupa, que pretende recuperar "a vibe dos anos 2000".
É desta forma que, numa grande entrevista à SELFIE, a agora empreendedora descreve as peças que passam a estar, a partir de agora, disponíveis para venda online. O início do sonho, os meses que viveu até chegar aqui e a certeza que tem no sucesso deste projeto são alguns dos assuntos abordados nesta conversa.
Como está a viver este momento?
Está a ser algo muito marcante. Era uma coisa que queria fazer há algum tempo. Queria aproveitar tudo o que conseguia da minha entrada no programa e tentei apressar as coisas ao máximo. Obviamente, existiram adversidades. Então, foi um processo de muita superação e de autoconhecimento. Não é um mundo que domino e todos os dias tenho aprendido uma data de coisas e passado por obstáculos. Está a ser um desafio muito maior do que aquilo que vivi, há uns meses, em "Secret Story - Desafio Final" ou, há um ano, no "Big Brother 2024". Este está a ser o verdadeiro desafio.
Passaram quantos meses até chegar aqui?
Comecei com a Brihnz em outubro, novembro... Depois, entrei no "Desafio Final" com a ideia de projetar a marca. O programa acabou por estender-se um bocadinho mais do que estava à espera. Acabei por ficar com pouca margem de manobra para lançar, agora, a coleção de verão. Então, está a ser tudo um bocadinho atrasado e um bocadinho em cima da hora.
O que podemos esperar desta coleção?
Com esta coleção, estamos a puxar um bocadinho a vibe dos anos 2000. Pelo menos, é essa a nossa tentativa. Trabalho com uma designer, uma amiga minha, e estamos as duas sempre na mesma onda, a focar-nos nesta questão de streetwear um bocadinho mais trabalhado e mais pensado.
Este projeto começou a ganhar forma em outubro. Mas o sonho de ter uma marca já era antigo?
Sempre gostei muito de moda, mas nunca tinha pensado em poder concretizar este sonho. Comecei a perceber que podia trabalhar nisto depois de ter saído do "Big Brother 2024". Comecei a ganhar um gosto pelas redes que não tinha, comecei a ligar cada vez mais às tendências e comecei a querer integrar este mundo. Obviamente, é um mundo difícil e muito competitivo, mas acho que faz todo o sentido para mim.
De onde vem o nome da marca?
É uma junção do meu nome com o nome da designer, que é a Sabrina. Apesar de ser uma marca minha, gosto muito de trabalhar em equipa. Gosto que, quando as pessoas estão a trabalhar comigo ou para mim, se sintam parte do projeto. Então, achei que era uma ótima ideia. Gostei do nome, da junção... Mesmo que um dia a nossa parceria não ande para a frente, gostei muito do nome e tenho muito orgulho de saber que foi esta a pessoa que quis começar esta aventura comigo.
Até então, só conhecíamos uma peça: o tão falado vestido que usou na estreia e na final de "Secret Story - Desafio Final".
Sim. Este vestido nem faz bem parte da coleção. Na altura em que decidi que ia entrar, pensei: "Vou entrar, mas vou entrar com uma coisa que seja minha". Queria começar a falar da Brihnz aí. Mas obviamente que o vestido não é aquilo que é a essência da Brihnz. A Brihnz é muito mais um estilo casual e de dia-a-dia, mais virado para a parte da streetwear. No entanto, como foi o vestido que me abriu as portas, faz todo o sentido que esteja à venda agora, quando lanço o primeiro drop.
Surpreendeu-a o impacto que o vestido teve, primeiro em si e, depois, quando Marcia Soares o vestiu numa das galas do "Big Brother 2025"?
Claro que sim! Foi no dia em que a Marcia o vestiu que lancei a pré-venda do vestido. E o vestido esgotou em poucos dias! Por isso, foi incrível! Ter ido lá, vesti-la, ver o produto nela, ver o vestido a aparecer mais uma vez na televisão e nas redes da TVI... Foi muito bom! Foi um sucesso.
Esta primeira coleção é só para mulheres?
Fundamentalmente, é uma coleção feminina. Mas vou ter peças masculinas, sim. É um mercado em que estou a apalpar terreno, porque a parte feminina é mais a minha praia. Mas também quero apostar no público masculino.
E a venda é exclusivamente online?
Neste momento, sim. Obviamente, tenho todo o interesse em participar em feiras locais que existem, por exemplo, em Lisboa, com marcas portuguesas. Mas é um meio em que preciso de conseguir entrar. Portanto, numa primeira fase, vai ser exclusivamente online.
Naturalmente, este negócio implica um investimento.
Obviamente. E obviamente que seria impossível este investimento acontecer nesta fase da minha vida se não tivessem acontecido as minhas vitórias. Isso foi o que me possibilitou concretizar este sonho.
Os prémios que ganhou em menos de um ano, ou parte deles, foram investidos na Brihnz?
Sim. Nem conseguia fazer de outra maneira. Por isso, para mim, isto é muito especial e muito importante. Quis fazer e fiz. Sei que vai resultar e vou fazer de tudo para que isto seja um sucesso. Porque é aqui que, para mim, isto vai começar.
E onde ficam a Sociologia e as Relações Internacionais?
Neste momento, ficam um bocadinho de parte. Isto é um investimento de algum risco e sei perfeitamente disso. Sei que vai correr tudo bem mas se, por acaso, as coisas não derem certo, tenho um cérebro, tenho uma licenciatura, tenho um mestrado e tenho conhecimentos para os pôr em prática [risos]. Por isso, não me assusta exercer aquilo que estudei, porque sei que sou boa nisso.
Veja, agora, nas galerias que preparámos para si, as melhores imagens de Inês Morais.